O julgamento do jornalista e ativista Rafael Marques, acusado de "denúncia caluniosa" por ter exposto alegados abusos de direitos humanos, chega hoje ao fim em Luanda com a leitura da sentença.
A manifestação não tinha sido autorizada pela polícia, mas os jovens quiseram fazer uma marcha de solidariedade para com as vítimas de 27 de Maio de 1977.
Advogado Francisco Miguel "Michel" denunciou como os "jovens foram brutalmente reprimidos no Largo Primeiro de Maio"
Passados 38 anos, a alegada tentativa de golpe de Estado ainda é um assunto tabu em Angola. Em entrevista à DW África, o porta-voz da Fundação 27 de Maio fala sobre as consequências do silêncio para a sociedade angolana.
Um grupo de jovens está a organizar uma manifestação em Benguela em memória dos massacres de 27 de maio de 1977, mas o Governo da província angolana já proibiu a sua realização.
David Mendes, Advogado, de Rafael Marques, reagiu, em entrevista à RFI, dizendo, que "o ministério público angolano, tomou todos nós, de surpresa, incluindo, os advogados das empresas dos generais, porque nenhum dos generais, nenhuma das empresas, pediu, qualquer tipo de condenação; todas elas, pediam, que se pussesse, termo, ao processo (...).
O Sindicato dos Jornalistas Angolanos(SJA) qualifica de um “gravíssimo atropelo à liberdade de informação e de imprensa a expulsão dos jornalistas na última sessão da Assembleia Nacional”, em que se discutia o salário mínimo nacional.