A criação de canais de denúncia nas empresas públicas e privadas, que garantam o anonimato, e de sistemas de controlo interno, são a melhor forma de evitar as fraudes e crimes de colarinho branco. As detenções de altos dirigentes são o sinal do novo rumo no combate aos crimes económicos, que registaram um aumento.
O comandante-geral da polícia angolana criticou hoje a postura de alguns agentes da corporação, sobretudo pelo "uso desordenado da farda" e por alguns deles ostentarem "barrigas avantajadas", alertando que tais presenças em público "ofuscam a autoridade policial".
É oficial. Não é uma invenção das redes sociais ou de mentes negativistas. No Relatório Anual e Contas de 2017, o Banco Nacional de Angola (BNA) regista como imparidade (significando isto que não vai recuperar a totalidade do montante) o valor de um crédito de mais de 1,5 mil milhões de dólares ao grupo de seguros estatal angolano ENSA, crédito esse relacionado com uma quantia “referente à transferência da posição contratual, mediante ‘Acordo de Pagamento’ celebrado entre o Grupo ENSA – Investimentos e Participações, S.A. e uma Instituição Financeira”.
O comandante-geral da Polícia angolana, Paulo de Almeida, admitiu hoje que vários agentes policiais praticam "burlas, falsificações e extorsões a cidadãos", prometendo combater as "batatas podres" no seio da corporação.
A associação cívica Handeka defende uma investigação urgente por parte da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), do Ministério da Administração do Território (MAT), do Ministéri da Justiça (MINJUS) a propósito das notícias veiculadas pela imprensa que dão conta de cartões de eleitor, bilhetes de identidade e catões de de militante do MPLA nas mãos de cidadãos da República Democrática do Congo (RDC) recentemente expulsos de Angola no âmbito da "Operação Transparência". A UNITA exige "ampla investigação"
O director da Empresa Nacional de Distribuição de Energia (ENDE) na Lunda Sul, João Filipe, foi detido nesta quarta-feira, por suposto envolvimento em crimes de peculato e tráfico de influência.
O diretor-geral do Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Angola admitiu que os casos relacionados com crimes de natureza económica estão a aumentar no país, envolvendo ministros, ex-ministros e gestores públicos, noticia hoje a imprensa angolana.