A viúva e os três filhos de António Agostinho Neto repudiaram, esta sexta-feira, a associação do nome do primeiro Presidente de Angola a processos em investigação contra Carlos Manuel de São Vicente.
É ele o presidente do conselho de administração e, também, o accionista maioritário da companhia de seguros AAA, registada em Angola, nas Bermudas e no Reino Unido, que muitos sempre pensaram que pertencesse à Sonangol.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) está a investigar, em colaboração com as autoridades suíças, uma série de casos e negócios que envolvem a seguradora AAA, incluindo os 900 milhões de dólares bloqueados na Suíça.
Dois antigos administradores da Sonangol defendem que o ‘caso 900 milhões de São Vicente’ é daqueles que justificam a realização de uma auditoria às contas da petrolífera, argumentando com suspeitas de se tratar de recursos saídos da empresa pública, “através de esquemas encobertos em operações aparentemente regulares”.
A Procuradoria Geral da República de Angola manteve hoje, 31, o silêncio sobre notícias de que as autoridades angolanas não responderam a um pedido das autoridades suíças para explicar a proveniência de centenas de milhões de dólares congelados em contas de Carlos Manuel de São Vicente, genro do primeiro presidente de Angola Agostinho Neto.