Quinze mulheres e oito homens estão detidas, desde domingo, 17, na Esquadra da Polícia da Vila Kiaxi, no município do Talatona, em Luanda acusadas de impedirem as obras de vedação do terreno que dizem ser sua propriedade, mas que foi supostamente usurpado pelos oficiais da Polícia Nacional.

O conhecido litígio de terra entre a associação de camponesa “Ana Ndengue” e a cooperativa “Lar Patriota”, que já dura há 20 anos, tem novos capítulos. É que a Procuradoria-Geral da República (PGR) reconheceu, a semana passada, à legitimidade do espaço a associação de camponesa “Ana Ndengue” que agora está expectante na decisão final do litígio, decorre no Tribunal de Comarca de Luanda (TCL), cujo à sentença pode acontecer já no próximo sexta-feira, dia 20.

Agentes da fiscalização e da Polícia Nacional, no Talatona, estão a ser acusados de terem destruído na quinta-feira, 8, as obras de camponeses da associação “Ana Ndengue”, sem mandado judicial.

O director-geral da associação de camponeses “Ana Ndengue”, Domingos Miguel Kangongo, desmentiu as declarações do administrador da fundação “Lar do Patriota”, António Lutango, que em entrevista concedida à MFM, disse que o terreno reclamado pelos camponeses fica localizado na zona do Camama e não no perímetro do patriota.

Uma disputa de terras nos arredores de Luanda resultou em confrontos entre camponesas e unidades policiais e um advogado que se encontrava presente quando se deram os confrontos foi preso pela polícia.