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Segunda, 13 Junho 2016 16:52

Festa sangrenta no Rangel: Rixa entre grupos rivais terminou em morte

Uma disputa por um salão de festas é apontada como a causa da morte de Adolfo Filipe, de 24 anos, assassinado com o gargalo de uma garrafa por três elementos de um grupo rival. O crime, que já levou à detenção de dois dos agressores, aconteceu no passado fim-de-semana, na Rua da Saúde, no distrito do Rangel.

De acordo com testemunhas ouvidas pelo Novo Jornal, que esta manhã se deslocou ao local do crime, a briga começou às três horas da madrugada, de sábado para domingo, enquanto decorria a festa do grupo "Os Quentura", no salão esplanada, apontado como fonte de discórdia na vizinhança.

"Quando um outro grupo vem realizar a sua festa na esplanada, "Os Quentura" fazem confusão para interromper, porque eles julgam ser os donos do salão", conta Tarciso Gaspar, de 16 anos, um dos jovens que participava nos festejos.

Segundo Tarciso, foi esse comportamento controlador que enfureceu os rivais "Minis Tabus", que, no último fim-de-semana, desataram a atirar garrafas para o local, espalhando o pânico entre os presentes.

"As pessoas começaram a fugir e, na confusão, eles agarraram o Adolfo Filipe, mais conhecido por Bila Bong. Arrastaram-lhe até ao meio da rua e ele foi atingido na barriga", descreveu Tarciso, que fala na utilização de duas facas.

O relatório policial refere contudo que os golpes fatais, no abdómen, foram causados pelo gargalo de uma garrafa.

"Estamos a investigar as razões que estiveram na origem do crime. Mas podemos adiantar que a Polícia deteve dois supostos", disse ao Novo Jornal online Mateus Rodrigues, porta-voz da Polícia Nacional.

A corporação adianta ainda que a vítima chegou a ser transportada para o Hospital Américo Boavida, onde acabou por sucumbir.

O desfecho trágico não surpreende a moradora Maria Domingas, que há muito alertou para a ameaça do salão de festas. "Já reunimos com a tia Fatita para deixar de alugar este espaço, embora que seja dela, porque não há condições para a realização de festas. Mas ela insiste, alegando falta de dinheiro para a sua sobrevivência", lamenta Maria, sem esconder os receios.

"Coloca em risco a nossa vida e o nosso descanso, porque aos fins-de-semana nem sequer dormimos por causa do barulho", reclamou a cidadã de 38 anos.

Ainda em choque com a violência que lhe roubou um ente querido, a família da vítima deixa apenas um pedido: "Que a Justiça seja feita"..

© Novo Jornal

 

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