"Não, o projeto não está em risco. Pelo contrário, estamos profundamente comprometidos com o Corredor do Lobito," afirmou Troy Fitrell, diretor do Gabinete de Assuntos Africanos do Departamento de Estado dos EUA, em conferência de imprensa na 17.ª Cimeira de Negócios EUA-África, que decorre até quarta-feira em Luanda.
Fitrell destacou o forte compromisso de Washington e dos parceiros privados nesta infraestrutura ferroviária que atravessa Angola, desde o Porto do Lobito até à Republica Democrática do Congo, e acrescentou que o objetivo é mobilizar cinco mil milhões de dólares (aproximadamente 4,65 mil milhões de euros) em investimentos para o corredor, atraindo novos parceiros.
"Estamos a tentar gerar cerca de cinco mil milhões de dólares para este projeto e atrair muitos mais investidores. Metade destes investidores nem sequer faziam parte do projeto no início, foram atraídos depois", realçou.
O diplomata norte-americano admitiu que o processo de negociação é complexo, mas sublinhou que o que está em causa é e expansão: "Estamos a falar de uma entidade grande e complexa.
Negociar tudo corretamente pode ser complicado e leva tempo. Mas a questão do Corredor do Lobito é saber até onde podemos ir. Queremos cruzar a República Democrática do Congo".
O responsável da Corporação Financeira de Desenvolvimento dos EUA (DFC), Conor Coleman, reforçou que as equipas estão a trabalhar "incansavelmente" para concluir a operação financeira, em estreita coordenação com todas as partes envolvidas.
"As equipas estão a trabalhar incansavelmente nesta transação, com todas as partes envolvidas: o governo, os acionistas e todos os parceiros de financiamento. Tivemos ótimas discussões esta semana e estamos muito entusiasmados para continuar o investimento no Lobito e também em investimentos complementares em Angola, RDCongo e Zâmbia".