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Quarta, 28 Mai 2025 16:27

Burla informática: SIC detém suspeitos de desviar mais de 1 bilhão de kwanzas.

O Serviço de Investigação Criminal (SIC), por meio da sua Direcção Central de Combate aos Crimes contra o Património, apresentou a conclusão de duas investigações que revelaram esquemas sofisticados de burla informática contra duas empresas nacionais, com prejuízos superiores a 1,2 mil milhões de kwanzas.

Os casos, considerados de grande repercussão, vinham sendo investigados desde o ano passado e envolvem crimes como burla informática, associação criminosa, branqueamento de capitais e acesso ilegítimo a sistemas de informação.

Primeiro caso, o dos 505 milhões de kwanzas desviados da empresa Mota Tavares, remonta a Janeiro de 2024, envolvendo um ex-funcionário da empresa Mota Tavares. Um cidadão nacional de 25 anos, técnico informático, que foi detido no município dos Mulenvos.

Segundo o Serviço de Investigação Criminal, o indivíduo facilitou o acesso às credenciais do aplicativo de Internet Banking aos seus cúmplices, que utilizaram técnicas de phishing para concretizar o desfalque de 505 milhões e 20 mil kwanzas.

"As investigações permitiram a detenção de vários envolvidos, com parte do montante, cerca de 100 milhões de kwanzas, já recuperada. Além disso, diversas contas bancárias foram bloqueadas e viaturas apreendidas. Com a última detenção, o SIC considera es te caso criminal praticamente esclarecido", disse Manuel Halaiwa, porta-voz do SIC Geral.

O segundo caso ocorreu em Agosto de 2024 e envolveu a empresa ST Jorge Limitada, que sofreu um prejuízo total de 788 milhões, 562 mil e 235 kwanzas, após 63 transações fraudulentas. A burla aconteceu apenas dois dias após a empresa receber um crédito bancário de mil milhões de kwanzas, que teria sido identificado por criminosos através de acesso ilícito à informação bancária.

A investigação resultou na detenção, nos últimos dias, de três indivíduos com idades entre 27 e 33 anos, no município do Lobito, província de Benguela. As contas bancárias destes implicados foram utilizadas para a movimentação dos valores desviados.

O caso revelou uma rede criminosa nacional com ramificações em Luanda, Benguela e Cabinda, composta por 30 indivíduos detidos até ao momento, incluindo o alegado líder do grupo.

Face à gravidade dos casos e à vulnerabilidade dos sistemas de Internet Banking utilizados pelas empresas, o SIC, na pessoa do seu porta-voz, apelou ao reforço das medidas de segurança digital, como a utilização de senhas fortes e únicas, e maior cautela contra práticas de engenharia social e phishing.

Conforme Manuel Halaiwa, os indivíduos detidos já começaram a ser apresentados ao Ministério Público, tendo alguns sido colocados em prisão preventiva no estabelecimento penitenciário de Viana e os restantes aguardam a mesma medida nos próximos dias. OPAIS

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