A AAPA refere, num comunicado de imprensa, que embora entenda a importância da medida para incentivar a produção nacional, esta ainda não é suficiente “para atender em quantidade e custos” à procura da população angolana, “especialmente nas regiões mais vulneráveis”.
O Ministério da Agricultura e Florestas de Angola informou, na semana passada, que serão proibidas, até 31 de julho, importações de alguns produtos alimentares de origem animal, nomeadamente aves (frango e pato), suínos (porco) e bovinos (gado), deixando de emitir licenças para importação de miudezas, partes de aves, suínos e bovinos”, enquanto existirem condições para a produção local dos referidos produtos.
A AAPA alerta, no entanto, que “sem uma estratégia sólida devidamente financiada para reforçar a capacidade produtiva interna”, a medida pode agravar a fragilidade do mercado e compromete a segurança alimentar, frisando que as importações têm sido uma alternativa para equilibrar a oferta e assegurar preços acessíveis.
“Restringir esse acesso, sem garantir um aumento imediato e sustentável da produção interna, poderá resultar em desabastecimento e elevar os custos, impactando diretamente as famílias e os pequenos comerciantes”, salienta a associação, manifestando disponibilidade para colaborar com o Governo na procura de soluções “que fortaleçam a produção nacional sem comprometer o abastecimento imediato”.