No referido vídeo, um 2º sargento, que se encontra no uso da palavra, manifesta-se profundamente agastado, criticando inclusive o Presidente da República, João Lourenço, na qualidade de Comandante-em-Chefe, por permitir que antigos combatentes sejam submetidos à desmobilização sem qualquer suporte social adequado.
Segundo fontes do “O Decreto”, situações semelhantes já ocorreram noutras brigadas, onde alguns militares foram dispensados enquanto outros, devido à idade ou função, foram mantidos. Um exemplo notável é o de Dinho, ex-logístico da Sétima Brigada, cujo nome foi incluído na lista de transferência para a Comissão Nacional de Desmobilização. Na sua brigada, apenas 16 militares foram selecionados, dos quais três eram veteranos, e o restante, efectivos mais novos. Dinho, que já serve desde 2018, foi um dos que teve seu nome incluído na lista.
A revolta entre os militares aumenta à medida que se veem forçados a aceitar uma transferência que consideram inadequada. Questionam o motivo pelo qual estão a ser destacados para a CND, uma instituição civil, enquanto outras forças, como o exército e a polícia, também possuem pessoal qualificado que poderia ser mobilizados.
As críticas vão além das transferências. Os militares queixam-se também do tratamento que têm recebido, alegando que os seus salários não são pagos de forma completa e regular. “Agora, já não prestamos?”, questionam os afectados, sublinhando que sempre serviram a Casa Militar com lealdade.
Os efectivos destacam ainda as moradias como Sequele e Kilamba, são ocupadas por apenas gentes previlegiadas e eles que estiveram na desminagens destes campos não.
A situação permanece tensa, e as autoridades ainda não se pronunciaram sobre o assunto. O Decreto