Quinta, 20 de Março de 2025
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Sexta, 05 Julho 2024 21:05

Turma do apito “chega” a Benguela e Polícia condena justiça por mãos próprias

O comandante provincial da Polícia nacional em Benguela, Aristófanes dos santos, esclareceu ontem que as pessoas envolvidas em casos de justiça por mãos próprias devem ser punidas, nos termos da lei, por existirem órgãos específicos para a sua realização. Essa posição surge, entretanto, numa altura em que cidadãos acusam a Polícia nacional de alegada incapacidade para combater o crime.

A onda de crimes violentos que se registam em bairros da província de Benguela, como Calomanga, Massangarala e imediações da Ponte sobre rio Cavaco, levou alguns cidadãos a criarem brigadas de vigilância comunitária, vulgo Turma do Apito.

Situação esta que tem resultado, nos últimos tempos, em Benguela, no aumento dos casos de justiça por mãos próprias, de acordo com informações colhidas por este jornal. Especialistas e cidadãos têm, de resto, associado essas práticas a uma alegada ineficácia da Polícia Nacional no que refere ao combate aos crimes, sobretudo nas comunidades.

Alguns cidadãos com quem este jornal privou afirmaram que, em muitos casos, a Polícia Nacional (PN) se tem manifestado incapaz face à onda de crimes violentos, e apontam as zonas acima mencionadas, a título de exemplo, como as que inspiram algum cuidado das autoridades.

Os munícipes ouvidos pela nossa equipa de reportagem acusam a PN de letargia, alegando que as esquadras instaladas nessas comunidades não têm sido capazes de corresponder às expectativas. “Nós aqui, nesse bairro, estamos mesmo mal. A esquadra está encerrada. Nós já não sabemos o que fazer.

Quando criamos a turma do apito para controlar a zona, polícia desmantela”, reclama o cidadão Jambela Sendo, que se manifesta apreensivo com a onda de assaltos na Calomanda. A mesma posição foi manifestada por um outro cidadão, que responde pelo nome de Chanita, residente no bairro da Massangarala. OPAIS

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