"Chegámos ao hospital às 4 horas, fomos até ao Banco de Urgência, mas mandaram-nos retirar porque disseram que esse paciente não podia ser atendido ali e que tínhamos que ir para o Josina Machel", começou por dizer ao Jornal de Angola, a mãe da vítima, João Fernando Soma.
"Deram-nos apenas uma cadeira de rodas para levar o meu filho até à porta do hospital e ali fomos deixados à sorte, mesmo eles sabendo que estávamos sem condições (viatura) para transportar o doente. Ao menos que nos dessem uma ambulância”, lamentou Cândida Domingos em lágrimas.
Em declarações ao Jornal de Angola o director geral do Hospital Américo Boavida, Mário Fernandes, explicou que a direcção tomou conhecimento da situação, apenas horas depois da tragédia, que considerou "gravíssima".
Acrescentou, ainda, desconhecer as reais motivações que levaram o médico que está em formação, desde 2019, e não faz parte daquela unidade a não prestar assistência ao paciente, mas sublinhou que tudo está a ser feito para que se saiba mais sobre o ocorrido.
"Temos informações que o paciente estava aparentemente em estado grave e que não foram cumpridos os procedimentos normais no nosso Banco de Urgência, que seria o processo de triagem, avaliação do estado de gravidade do paciente e prosseguir com tratamento, ou seja os primeiros socorros”, explicou.