Quinta, 25 de Abril de 2024
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Terça, 01 Novembro 2022 06:08

UNITA exige do governo uma postura alinhada aos interesse dos professores face à greve

O Grupo Parlamentar da UNITA, tornou público nesta segunda-feira, 31 de Outubro que, está acompanhar com enorme preocupação a greve dos professores do Ensino Superior Público em Angola, um acto levado a cabo em menos de um mês desde o início das aulas.

Em nota de imprensa enviada para Angola24horas, o GPU refere que, numa fase em que o ano académico teve o seu arranque há menos de um mês, a greve veio demonstrar um défice de diálogo, sobretudo, uma incapacidade de realização dos grandes desígnios nacionais e interesses de distintas classes de trabalhadores angolanos.

Considerou, por isso que, a greve dos professores do Ensino Superior Público, homens e mulheres responsáveis pela formação de cientistas e quadros dos mais variados sectores da vida nacional, comprova o fracasso da política nacional de formação e gestão de quadros, no que respeita à sua valorização através da justa remuneração e com benefícios sociais e económicos competitivos.

Entretanto, o Grupo Parlamentar da UNITA, exige do Governo a assumpção de uma postura alinhada aos interesses dos professores, das famílias, das empresas e a resolução satisfatória e sustentável das reivindicações desta classe e outros trabalhadores.

Tambem, manifestou a sua solidariedade ao Sindicato dos Professores do Ensino Superior (SINPES), que reúne nesta terça-feira a sua Assembleia Extraordinária, augurando que dela venham decisões firmes e coerentes com os objectivos da dignificação da classe.

Por outra, a UNITA deixa um apelo, ao Presidente da República, na qualidade de Titular do Poder Executivo, a resolver esta situação o mais rápido possível.

Muito recentemente, uma nota assinada pelo Presidente do Instituto Superior de Ciências da Educação de Luanda (ISCED de Luanda), Zavoni Ntondo, apelava ao não pagamento de salário aos professores que aderirem à greve de professores do Ensino Superior, de acordo com o seu tempo de duração.

A medida, segundo o documento desta instituição de ensino superior, surgiu na sequência do comunicado emitido pelo Secretariado Nacional do Sindicado dos Professores do Ensino Superior-SINPES, no dia 21 de Outubro, cujo teor principal concluiu com a determinação da entrada em greve com início no 24 de Outubro de 2022 (Segunda-feira).

“O Órgão Singular de Gestão do ISCED de Luanda, ao abrigo do n."I do artigo, A° da Lei n,23/91 de Junho, considera que, os trabalhadores são livres de individualmente aderir ou não à greve assim sendo, nos termos dos números 1 e 2 do artigo 21° da mesma lei (Lei n.°23/91 de Junho), o Departamento de Recursos Humanos e Acção Social, está legalmente orientado à não proceder no pagamento dos salários aos docentes que aderirem a referida greve pelo período da sua duração”, conforme a nota do ISCED.

De acordo com o presidente do SINPES, em declarações, aquando do anúncio do acto, a greve vai durar até à apresentação da contra proposta dos quatro (4) pontos estruturantes por parte do Governo, cujo salário continua a ser o principal motivo para a contestação.

“Não somos apologistas de greves mas como somos uma instituição que prima pelo respeito da lei, estamos abertos para negociação”, disse na altura, Peres Alberto.

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