Segundo um comunicado do comando provincial do Cuanza Norte, os trabalhadores insatisfeitos terão protagonizado um ato de vandalismo envolvendo bens patrimoniais (viaturas, geradores, material de escritório, portas e janelas), na quarta-feira, no interior do projeto hidroelétrico, “alegando incumprimentos dos pontos do caderno reivindicativo apresentado à identidade patronal”, a CGGC (China Gezhouba Group Company)
No dia seguinte, de acordo com a nota, o grupo de trabalhadores “continuou o ato de rebelião, tendo investido de forma violenta visando a vandalização das instalações e ataque à integridade física dos cidadãos chineses”.
Num “cenário de confrontação”, as forças policiais que se deslocaram ao local “foram envolvidas pelos manifestantes munidos de objetos corto-contundentes, facto que motivou a utilização de armas de fogo, tendo alguns disparos atingido oito cidadãos”.
O comunicado acrescenta que duas pessoas morreram, uma no local e outra no Hospital Josina Machel, em Luanda, tendo sido aberto um inquérito para averiguação dos factos e consequente responsabilização criminal dos implicados.
A imprensa angolana relata a morte de três pessoas e diz que os tumultos aconteceram quando os trabalhadores protestavam por melhores condições de trabalho.
A empresa construtora não se pronunciou até ao momento.