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Sexta, 27 Mai 2022 17:16

Dois trabalhadores de barragem angolana mortos quando reclamavam contra empreiteiro

Dois trabalhadores angolanos, que trabalhavam no projeto hidroelétrico de Caculo Cabaça, foram mortos em confronto com a polícia na quinta-feira quando reclamavam contra o empreiteiro, a empresa chinesa CGGC, alegando incumprimentos, informaram hoje as autoridades.

Segundo um comunicado do comando provincial do Cuanza Norte, os trabalhadores insatisfeitos terão protagonizado um ato de vandalismo envolvendo bens patrimoniais (viaturas, geradores, material de escritório, portas e janelas), na quarta-feira, no interior do projeto hidroelétrico, “alegando incumprimentos dos pontos do caderno reivindicativo apresentado à identidade patronal”, a CGGC (China Gezhouba Group Company)

No dia seguinte, de acordo com a nota, o grupo de trabalhadores “continuou o ato de rebelião, tendo investido de forma violenta visando a vandalização das instalações e ataque à integridade física dos cidadãos chineses”.

Num “cenário de confrontação”, as forças policiais que se deslocaram ao local “foram envolvidas pelos manifestantes munidos de objetos corto-contundentes, facto que motivou a utilização de armas de fogo, tendo alguns disparos atingido oito cidadãos”.

O comunicado acrescenta que duas pessoas morreram, uma no local e outra no Hospital Josina Machel, em Luanda, tendo sido aberto um inquérito para averiguação dos factos e consequente responsabilização criminal dos implicados.

A imprensa angolana relata a morte de três pessoas e diz que os tumultos aconteceram quando os trabalhadores protestavam por melhores condições de trabalho.

A empresa construtora não se pronunciou até ao momento.

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