Angola, explicam estes investigadores, através da sua companhia nacional de petróleo, a Sonangol, vendeu entre 2 e 6% da sua produção nestes três anos, bastante abaixo da média dos países africanos, devido a uma escolha intencional de diversificação dos clientes: "As companhias chinesas compraram a maioria, com as empresas da Índia e do Ocidente a comprarem também volumes significativos, mas as baixas percentagens [de venda aos intermediários financeiros suíços] resultam dos esforços explícitos da Sonangol de venderem aos utilizadores finais e não a 'traders'".
Ainda assim, continua o relatório, com o sugestivo título 'Big Spenders -- Swiss trading companies, African oil and the risks of opacity' (Grandes gastadores -- os intermediários suíços, o petróleo africano e os riscos da opacidade), os investidores e entidades financeiras suíças "ainda fizeram significativos pagamentos à Sonangol", representando mais de 2 mil milhões de dólares em 2012, uma soma que o relatório lembra ser "maior que o orçamento total anual para a Saúde".
LUSA