Em nota de imprensa, a Casa Civil do Presidente da República exonerou os Generais Apolinário José Pereira e João Pereira Massano, dos cargos de Chefe do Serviço de Inteligência e Segurança Militar e de director Nacional de Preservação do Legado Histórico-Militar do Ministério da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria, respectivamente.
João Lourenço exonerou também o Tenente-General António Mateus Júnior de Carvalho, do cargo de Secretário para os Assuntos de Defesa e Forças Armadas da Casa de Segurança do Presidente da República.
A nota da Casa Civil adianta que as movimentações, que ocorreram ouvido o Conselho de Segurança Nacional, foram com base na Lei de Defesa Nacional e das Forças Armadas Angolanas (FAA).
Sebastião viu-se envolvido num escândalo de desvio de fundos em que terão participado altos funcionários de um banco comercial. O esquema, que data dos tempos do anterior chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, utilizava um “saco azul” da Presidência que permitia a funcionários levantarem do cofre do banco central de Angola avultadas quantias em moeda nacional e divisas.
Este caso tornou-se uma mácula no mandato de Lourenço, que faz bandeira do combate à corrupção. O Presidente exonerou na semana passada sete membros da equipa da Casa de Segurança da Presidência e mandou instaurar um processo-crime aos suspeitos de peculato, retenção de dinheiro e associação criminosa.
Sebastião, contudo, ficara em funções, apesar de fonte dos Serviços de Investigação Criminal ter dito ao Expresso existirem “fortes indícios de que o chefe máximo da instituição soube do esquema e ter-lhe-á dado continuidade”.
Pedro Sebastião foi nomeado para o cargo, depois das eleições gerais de 2017. C/EXPRESSO