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Quinta, 29 Outubro 2020 22:46

Morreu Sindika Dokolo, marido de Isabel dos Santos

Morreu, aos 48 anos, Sindika Dokolo, o marido de Isabel dos Santos. O empresário e colecionador de arte nascido na atual República Democrática do Congo, em 1972, terá sido vítima de uma embolia pulmonar depois de ter estado a praticar mergulho com a família, de acordo com vários meios de comunicação social .

Segundo informações postas à circular em vários órgãos de comunicação social, em Angola, Sindika Dokolo morreu enquanto praticava mergulho de apneia no mar, ao largo do Dubai onde passava um período de férias com a mulher Isabel dos Santos e o filho.

Nas redes sociais Twitter e Instagram, Isabel dos Santos publicou uma foto com Sindika Dokolo e um dos filhos sem qualquer comentário.

As mensagens de condolências multiplicaram-se nas redes sociais, como a de Michée Mulumba, assistente pessoal do Presidente congolês, Felix Tshisekedi: "Foi durante um mergulho que partiu para a eternidade, uma atividade habitual que o afastou da sua luta e dos seus entes queridos", no Twitter.

Empresário e colecionador de arte, Sindika Dokolo era casado com Isabel dos Santos, empresária e filha do antigo presidente angolano José Eduardo dos Santos, com quem tinha quatro filhos.

Tal como Isabel dos Santos, os negócios de Sindika Dokolo estavam a ser investigados pela justiça angolana, na sequência das revelações do Consórcio Internacional de Jornalistas que ficaram conhecidas como “Luanda Leaks”.

Sindika Dokolo e a mulher são suspeitos de terem lesado o Estado angolano em milhões de dólares e foram alvo de arresto de bens e participações sociais em empresas, em dezembro do ano passado, por determinação do Tribunal Provincial de Luanda.

Quem era Sindika Dokolo?

Sindika Dokolo nasceu em 1972 no antigo Zaire, atual República Democrática do Congo, filho de pai congolês e mãe dinamarquesa, mas passou a maior parte da sua infância na Europa, especialmente na Bélgica e em França. O seu pai, Augustin Dokolo, foi o primeiro homem negro a criar um banco em África no fim dos anos 60. "É conhecido como o empresário mais bem-sucedido do Congo desde a sua independência", apontou Sindika em entrevista ao Jornal de Negócios.

Herdou do pai não só o dinheiro, mas também o gosto pela arte, que mais tarde o faria dedicar ao colecionismo. Numa entrevista à TPA, contou que a mãe fez questão de o levar a todos os museus da Europa e que o pai tinha já várias obras de arte africana. Foi também o pai que o levou a prosseguir a formação em economia, comércio e línguas estrangeiras em Paris.

O empresário avançou na área da arte logo aos 15 anos, quando começou a constituir uma coleção de arte africana com a ajuda do seu pai. Mais tarde herdou algumas das peças da sua coleção e acabou por criar a Fundação Sindika Dokolo, em Luanda, para promover a cultura e a arte no continente.

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