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Segunda, 20 Julho 2020 11:55

Hospital de Campanha de Viana: Precisamos com urgência de ajuda querem nos matar

Os pacientes internados no hospital de campanha da Covid-19, situado na Zona Económica Especial, em Luanda, continuam a denunciar más condições que colocam em risco suas vidas, alertando que podem morrer de outras doenças.

Segundo explicam, o estabelecimento não tem condições nenhumas, casas de banho sujas, o matabicho chega às 10 horas, o almoço às 17 horas e o jantar chega às 20 ou 22 horas, lê-se numa carta que posta a circular.

A mesma informação, revela que a única medicação dada aos pacientes é a Vitamina C e o complexo B. “Se estamos doentes nos dêem medicação da Covid-19 para nos curar”.

Relativamente às pessoas com “casos graves”, trazidas de outros hospitais, a denúncia afirma que partilham a mesma casa de banho com os casos suspeitos.  “Na sua maioria estão a morrer aqui e estes mais velhos partilham o mesmo WC com os jovens todos.”

“Bom dia! Por favor, precisamos, com urgência, da ajuda de vocês, porque querem nos matar.”

Estes pacientes internados, temem que as más condições que o referido hospital oferece, possam trazer outros problemas. “Não vamos morrer de Covid-19, vamos morrer de tanto pensar e vamos morrer de fome, tem muito mosquito, baratas, moscas”, avançaram.

“Por favor, partilhem esta mensagem porque vamos morrer se ninguém fizer nada por nós. Os nossos dirigentes quando vêm para aqui recebem informação de que está tudo bem, mas não está nada bem”, finalizam apelando.

De salientar que os profissionais da comunicação social, suspeitos da Covid-19 durante os testes rápidos efectuados na segunda-feira, em Luanda, denunciaram também as más condições encontradas, desde o destanciamento das camas, as casas de banho, que não oferecem as mínimas condições no centro de confinamento do Calumbo II, no município de Viana.

Por esta razão, revelaram, preferem tomar banho ao ar livre, por detrás da nave onde estão acolhidos. No que diz respeito à alimentação, não há muitas reclamações, mas afirmam que a água para o consumo não é suficiente.

“Diariamente recebemos apenas três garrafas pequenas (uma de manhã, uma à tarde e outra à noite), o que é muito pouco, já que as pessoas nessa condição devem beber muita água”, afirmaram.

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