Dos novos casos identificados, 26 são mulheres e seis são homens, com idades compreendidas entre os 3 e 82 anos.
Luanda concentra a quase totalidade dos novos casos (28), tendo os restantes quatro sido registados no Cuanza Norte, as únicas províncias com infetados até ao momento, adiantou Franco Mufinda.
Entre estes, 26 casos são contactos diretos de doentes já diagnosticados, alguns deles na última semana, e outros seis não têm vínculo epidemiológico estabelecido.
Estes últimos foram detetados “nos centros sentinela” no âmbito de um rastreio dos doentes com problemas respiratórios que procuram unidades de saúde (bancos de urgência, clínicas privadas e Hospital Militar) e amostras aleatórias.
Dez dos doentes tinham manifestações respiratórias de ligeiras a graves, disse Franco Mufinda, alertando que “a situação inspira cuidados redobrados de todos, a título individual e coletivo”.
Cazenga, Talatona, Maianga Belas e Ingombota são os municípios de Luanda mais afetados.
O secretário de Estado reafirmou que “estes conglomerados não preenchem o critério da transmissão comunitária ou sustentada de casos”.
“Só se tivéssemos grandes surtos, ou seja, um número elevado de casos confirmados em que não se consegue encontrar as cadeias de transmissão”, declarou Franco Mufinda.
Os casos sem vínculo conhecido são agora 26 e as autoridades sanitárias angolanas “continuam a investigar e a trabalhar nestes conglomerados e áreas circunvizinhas, reforçando as medidas de saúde publica e reforçando testagem aleatória”.
O secretário de Estado sublinhou que é preciso “aceitar que a doença existe, é de fácil transmissão e mata” e apelou ao acatamento das medidas de cumprimento obrigatório (uso de máscara, distanciamento social e lavagem das mãos).
Angola soma agora um total de 244 infetados, com dez óbitos, 153 ativos e 81 recuperados.
A pandemia de covid-19 já provocou quase 487 mil mortos, incluindo 1.555 em Portugal.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Em África, há 9.098 mortos confirmados em quase 349 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné Equatorial lidera em número de infeções e de mortos (2.001 casos e 32 mortos), seguida da Guiné-Bissau (1.556 casos e 19 mortos), Cabo Verde (1.027 casos e nove mortos), Moçambique (816 casos e cinco mortos), São Tomé e Príncipe (712 casos e 13 mortos) e Angola (244 infetados e 10 mortos).