Dezenas de manifestantes concentraram-se hoje de manhã junto ao cemitério de Santana, em Luanda, para participar numa manifestação promovida pela UNITA e proibida pelo Ministério da Interior, que acabou por ser interrompida por disparos da polícia.
A polícia angolana não confirma, mas o partido da oposição Convergência Ampla de Salvação de Angola diz que um dirigente foi morto durante a madrugada e mais 250 pessoas estão detidas.
Os apoiantes do MPLA também saíram à rua no mesmo dia em que o segundo maior partido da oposição liderado por Abel Chivukuvuku denunciou a morte pela guarda presidencial de um dirigente e a detenção de dezenas de outros quando colavam cartazes anti-Governo.
Membros e dirigentes de topo da CASA-CE em número ainda não determinado, incluindo o deputado á Assembleia Nacional Leonel Gomes, foram detidos há instantes pela polícia.
A USP- Unidade de Segurança Presidencial disparou mortalmente sobre o jovem, após detenção juntamente com os demais integrantes de brigada com quais trabalhava na fixação de panfletos de protesto contra os assassinatos de Alves Camulingue e Isaías Cassule.
O líder parlamentar da coligação eleitoral Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE) disse hoje à agência Lusa que a divulgação da detenção do líder do partido Abel Chivukuvuku se deveu a uma «confusão interna».
Abel Chivukuvuku foi detido na esquadra no antigo comando provincial da polícia quando para lá se deslocou para saber dos seus companheiros.