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Segunda, 13 Abril 2015 12:56

Movimento que quer Reino Lunda autónomo de Angola anuncia reforço na mobilização

O movimento Protetorado Lunda Tchokwe, que reivindica a autonomia para uma vasta região angolana, anunciou hoje o reforço da "mobilização e consciencialização" da população para o tema, depois de a Assembleia Nacional ter emitido parecer desfavorável à pretensão.

A posição consta do comunicado final sobre a reunião metodológica dos secretariados regionais daquele movimento, que teve lugar em Lucapa, na Lunda Norte, entre 09 e 11 de abril, durante a qual foi reforçada a pretensão "do direito à autonomia da Nação Lunda Tchokwe".

A Assembleia Nacional de Angola, através da Comissão de Relações Exteriores, Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas no Estrangeiro, deu parecer desfavorável à revindicação de autonomia do denominado Reino Lunda, no interior do país, em reunião de 30 de março.

"O movimento do Protetorado Lunda Tchokwe vai redobrar a sua luta com nova visão. O interesse do colonizador é a nossa terra e as nossas riquezas", lê-se no mesmo comunicado.

O designado Reino Lunda abrange um vasto território no interior de Angola, do norte a sul, envolvendo as províncias da Lunda Norte, Lunda Sul, Moxico e Cuando Cubango.

Na área norte deste território (Lundas) está concentrada a produção angolana de diamantes, a segunda principal fonte de receitas em Angola, depois do petróleo.

Os promotores desta reivindicação baseiam-se num acordo celebrado entre os representantes de Portugal e da Bélgica, antigas potências coloniais na região, antes da Conferência de Berlim (1884-1885), que delimitou as fronteiras das colónias africanas.

Já a Assembleia Nacional angolana recordou que o referido acordo "não respeitou a história, as relações étnicas e os laços de consanguinidade existentes entre os seus povos". Contudo, para "prevenir potenciais conflitos armados", devido a disputas territoriais, a Carta da Organização da Unidade Africana e da União Africana estabelecem a "intangibilidade das fronteiras herdadas das potências coloniais, como norma imperativa".

LUSA

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