Sexta, 28 de Novembro de 2025
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Sexta, 28 Novembro 2025 15:17

ACJ fala em "campanha para silenciar" o partido" devido "ao seu protagonismo político nos últimos anos"

O presidente cessante da UNITA e candidato à sua própria sucessão Adalberto Costa Júnior disse esta sexta-feira que existe uma campanha levada a cabo por "algumas forças políticas do país" para silenciar o principal partido da oposição, motivada pelo seu "protagonismo político nos últimos quatro anos".

"Nos últimos anos enfrentámos muitas dificuldades, porque muitos lutam para silenciar a UNITA", disse Adalberto Costa Júnior na abertura do 14º congresso ordinário que arrancou esta sexta-feira em Lunda.

Segundo o político, apesar das várias dificuldades, o seu mandato foi de vitória e consolidou a democracia interna no seio do partido.

Adalberto Costa Júnior afirmou que o 14º congresso representa uma oportunidade decisiva para a redefinição da estratégia do partido, pois vai ditar o compromisso da organização para com o país.

Lembrou ainda que o congresso, enquanto órgão supremo da UNITA, tem a responsabilidade de estabelecer a linha política, aprovar o programa e eleger os novos órgãos, incluindo o presidente do partido.

Sublinhou ainda a importância do processo interno, que levou os dois candidatos a uma campanha de proximidade com as bases.

Falando sobre a reconciliação nacional, lamentou o pensamento dos que insistem a dizer que durante o conflito armado houve vencidos e vencedores.

"Vamos colocar a pedra sobre o passado de desconfiança", apelou o político, que convidou os angolanos a repensar Angola pós 50 anos de independência nacional.

"Angola deve mudar o rumo, vamos alternar o poder, porque o país enfrenta uma crise de liderança", referiu, lamentando a forma como foi gasto o dinheiro público durante os festejos da independência nacional.

A liderança da UNITA está a ser disputada por Rafael Massanga Savimbi e Adalberto Costa Júnior, este último candidato à própria sucessão.

Nesta sexta-feira, serão divulgados os cadernos eleitorais, permitindo que os 1.251 delegados confirmem antecipadamente as cabines onde exercerão o voto.

Para sábado (29), estão programadas sessões plenárias e reuniões em comissões, centradas na análise de documentos internos, incluindo propostas de estratégia e organização partidária.

A votação presencial que definirá o novo presidente da UNITA terá lugar no domingo (30), restrita aos delegados efectivamente presentes no congresso, encerrando o ciclo eleitoral interno do partido. NJ

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