Sábado, 25 de Outubro de 2025
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Sábado, 25 Outubro 2025 19:41

Polícia do regime volta a travar vigília pela liberdade dos “presos políticos” – ativistas

Ativistas queixaram-se hoje de terem sido mais uma vez impedidos pela polícia angolana de realizarem a vigília “pela liberdade dos presos políticos” no Largo das Heroínas, em Luanda, denunciando alegadas intimidações dos efetivos no local.

Desde as 17:00 locais (mesma hora em Lisboa) que um cordão de efetivos da polícia marcou presença naquele largo e arredores, sendo visíveis agentes e viaturas ao longo da avenida Ho Chi Minh, centro de Luanda, até depois das 19:00.

A vigília “pela liberdade dos presos políticos” e “contra todas as formas de perseguição em Angola”, uma iniciativa da União Nacional para a Total Revolução de Angola (UNTRA), estava prevista para as 18:00.

No entanto, segundo o ativista e membro da UNTRA Bento Fernando, a polícia impediu o protesto.

“Estivemos lá presentes, mas fomos intimidados e nos obrigaram a não entrar no perímetro, senão a polícia tomaria outras medidas, então fomos mesmo impedidos”, disse à Lusa.

“Não nos deram espaço e alertaram que quem entrasse [no largo] iria assumir as consequências. Ainda conversamos com a polícia durante uma hora, mas a nossa vigília foi mesmo abortada”, lamentou o ativista.

A vigília havia sido comunicada ao Governo da Província de Luanda e ao Comando Provincial de Luanda, como disse anteriormente Luís Antunes, coordenador provincial da UNTRA em Luanda.

Os ativistas Osvaldo Caholo, Serrote José de Oliveira “General Nila” (presidente da UNTRA), André Miranda, Kiluanje Lourenço, Buka Tanda, Gonçalves Frederico “Fredy” e Soba Príncipe, detidos em julho na sequência da manifestação dos estudantes e da paralisação dos taxistas contra a subida dos combustíveis, e mais cinco líderes de associações e cooperativas de táxi, são considerados “presos políticos” por ativistas e membros da sociedade civil.

Os detidos estão indiciados dos crimes de rebelião, apologia ao crime, vandalismo e terrorismo.

Há uma semana, a polícia angolana havia igualmente abortado uma vigília, em Luanda, convocada por membros da sociedade civil “pela libertação dos presos políticos”, tendo retirado do local vários jovens.

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