Tulinabo Mushingi falava aos jornalistas após ser recebido pelo Presidente angolano, João Lourenço, no Palácio Presidencial, em Luanda, com quem falou sobre o adiamento da viagem do Presidente norte-americano que estava prevista para 13 a 15 de outubro.
O diplomata adiantou que quis "comparar notas" após a conversa telefónica, na quinta-feira, entre João Lourenço e Joe Biden para se assegurar que ambas as partes tinham tido o mesmo entendimento.
"Como sabem, adiar uma viagem de um Presidente não é fácil. Eu acredito na compreensão do povo angolano e do Governo angolano sobre este adiamento", disse Mushingi, acrescentando que a conversa entre os dois chefes de Estado correu bem e que ambos estão "muito felizes" com o que foi discutido.
Mushingi referiu que a viagem de Biden vai acontecer quando houver um acordo sobre a nova data.
"É claro que a viagem vai acontecer, queríamos discutir sobre isso e (assegurar) que temos o mesmo entendimento e pedir ao povo angolano para continuar a acreditar nesta viagem que há de acontecer", reforçou.
O embaixador norte-americano, que chegou a Angola em 2022 e se encontra em final de missão, aproveitou o encontro para apresentar cumprimentos de despedida a João Lourenço e agradecer a forma como foi recebido pelo povo e Governo angolanos, congratulando-se com os resultados atingidos nestes dois anos e meio.
Além da visita de João Lourenço aos Estados Unidos, no ano passado, destacou também como demonstrativo do ponto alto das relações entre os dois países a deslocação a Angola do secretário de Estado, Anthony Blinken, do secretário da Defesa, Lloyd Austin, do diretor da CIA, e de uma delegação de empresários ligados ao agronegócio, bem como as parcerias norte-americanas com Angola entre as quais destacou o Corredor do Lobito e projetos nas área das energias, telecomunicações e segurança.
Na área da governação, o diplomata sublinhou que os EUA continuam a acreditar que "a boa governação faz sentido em todo o lado" e pretendem continuar a promover a liberdade de imprensa e espaço para os diferentes partidos políticos para que o povo angolano tenha acesso a escolhas.
Por tudo o que foi atingido, realçou, "não é uma surpresa" que o Presidente Biden tenha escolhido Angola como o único país africano que vai visitar, prosseguiu.