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Segunda, 29 Julho 2024 19:46

MUN continua investigar as cores da bandeira do “misterioso” partido CIDADANIA

O MUN - Movimento de Unidade Nacional, chumbado em 2021 pelo Tribunal Constitucional, continua a desenvolver os seus trabalhos, reunir as condições para, no momento indicado apresentar ao tribunal, em cuja instituição decorre um processo de legalização, já que o próprio tribunal tem as leis dos partidos políticos que diz que quando um partido é chumbado tem um total de quatro anos para voltar a solicitar, segundo contou o coordenador.

Em entrevista exclusiva ao Angola24horas, Karl Mponda, assegurou que o tribunal sabe que tem lá um processo bem estruturado. “Se regressarmos lá em menos de 4 anos o tribunal vai dizer que já tem um processo e temos que esperar o tempo chegar, o que significa que o nosso processo está lá e é reconhecido.”

Assim sendo, enquanto decorre um processo naquela instituição, com o conhecimento de toda estrutura do Projecto, o líder político defende que não pode aparecer um outro com as mesmas cores da bandeira e ser legalizado em partido político, conforme terá acontecido com o mais novo partido, até prova em contrário.

“Estamos a reunir condições, embora tenhamos encontrado dificuldades porque o próprio partido que foi legalizado não tem site, páginas nas redes sociais e, ninguém tem a própria bandeira, em nenhum lugar há imagens ou desenho. A nossa reivindicação apareceu na fotografia em que está a liderança do partido CIDADANIA com a fita colocada no peito do Presidente Brandão. Isso complica a nossa investigação. Mas continuamos a investigar para encontrar toda e estrutura da bandeira. Estamos a orar bastante para que a parte escura não seja azul mas preta. Nós temos uma águia de dupla cabeça, estrelas à volta e as cores branca, vermelha e azul, por isso não se entende e parece tudo igual”, relatou, Karl Mponda.

Acrescentou que estão a reunir as condições, junto do advogado, com as investigações a decorrer, só depois disto irem ao Tribunal Constitucional.

Disse igualmente que o processo de legalização do partido MUN está no Tribunal e têm aguardado, pois ninguém coloca um processo no tribunal e depois fazer pressão, porque a instituição tem critérios próprios para analisar todas questões envolvidas e decidir se vai inviabilizar ou legalizar. “Certo é que ao cabo de 4 anos vamos regressar ao tribunal com o mesmo Projecto, mesmas cores e, esperamos que ninguém nos diga que as cores já estão registadas. Não vamos aceitar.”

Para o público simpatizante e amigos do MUN, fica a mensagem de que o Projecto existe desde 2010 e a bandeira foi registada numa empresa dos EUA que faz bandeiras, está em nome de Angola, do MUN e do seu coordenador. “Não desistam angolanos, vamos continuar a trabalhar como se deve para mostrar que temos um Programa. Não estamos preocupados e o povo não devia estar preocupado também.”

O coordenador do Projecto político afirmou que todo o partido legalizado pelo regime angolano, de forma inexplicável acaba sempre por ser extinto, à semelhança do P-Jango (que talvez apareceu para recolher assinaturas daqui e dali) mas que a sua legalização não estaria a frente do MUN nem do PRAJA, mas foi reconhecido. “Ainda assim o povo angolano sabe na hora certa a quem punir, ainda que o regime legalize 15 ou 20 partidos políticos”.

“O povo sabe que esse partido que foi legalizado não vai trazer mudanças no país mas sim vai confundir as pessoas e gastar dinheiro do país. O dinheiro dado ao P-Jango, por exemplo, serviria para construir escolas ou ajudar as comunidades que vivem na miséria e pobreza extrema. Você dá 3 milhões de dólares para um partido, a pessoa que dorme ontem a comer funge com cabwenha, dia seguinte já está em via de estado a fazer campanha, acorda rico e compra Mercedes, dinheiro gasto por culpa do estado. O estado não tem noção para lidar com as Finanças, por isso o país está como está”, expressou, lamentavelmente.

Ora, ressaltou, mais outro partido político que foi agora legalizado sem o povo ver onde foram recolhidas as assinaturas, quem eles são, de onde saíram, então o povo com certeza vai punir em 2027 e acredito que o povo angolano está atento. “Esse partido vai ser extinto em 2027 se o povo não der votos, pois o povo sabe e o certo é que vai punir.”

Entretanto, sobre a sua legalização, embora Mponda não quisesse falar muito sobre isso, já que ninguém viu, ninguém sabe e, sobretudo porque estamos num milênio e as pessoas usam redes sociais, defendeu que qualquer partido em criação já tinha que ter as cores da bandeira e seu nome expostas, não importando a sua capacidade.

“Esse processo é uma vergonha para o país, qualquer explicação que trouxerem é uma mera vergonha. Eles sabiam que seriam legalizados. Pelo menos poderiam fingir que estamos recolher assinaturas do que aparecer no final e dizer simplesmente que estão legalizados. Qualquer partido que se legaliza tem que se apresentar à sociedade para agradecer aos assinantes do Projecto, o que não aconteceu, nem agora, quase três semanas após a legalização”, argumentou.

Como se não bastasse, realça, eles são legalizados com muito tempo de antecedência, diferente do P-Jango que foi tudo às pressas. Eles tiveram mais tempo para se organizar ou pelo menos fingir que estavam a trabalhar nesse Projecto. É uma forma estranha e o TC não pode voltar a fazer isso.

Por outra, há suspeitas de que a presidente do TC não tenha conhecimento dos processos de legalização de partidos políticos, baseando apenas as suas assinaturas de chumbo ou legalização nos relatórios de terceiros, com supostos interesses inconfessos.

“A questão de legalização de partidos políticos tem um processo, um negócio interno de pessoas que manejam os processos, vão no tribunal e ditam pois a Juíza-presidente não tem os dados de cada processo. Entretanto, se a presidente sabe disso, então é uma vergonha para o país. Isso de os próprios juízes analisarem todos processo só acontece em outros países. Há pessoas que fazem isso devido ao volume de dinheiro que se dá aos partidos políticos para as campanhas, uma espécie de negócios por percentagem. A nós ninguém vai trazer essa conversa porque não aceitamos isso”, denunciou, Karl Mponda.

Salientou, nestes termos que a indignação do MUN, por esta altura, tem que ver com as cores da bandeira do partido que foi legalizado recentemente.

Os partidos políticos e sua legalização, segundo o líder político é uma questão que depende dos tribunais, que funcionam de maneira justa e honesta, de acordo com as leis. “Não devíamos nos meter na vida de um ou de outro partido mas, nós em Angola o fazemos porque conhecemos bem as manobras dos tribunais.”

Apelou então que, a questão dos partidos políticos legalizados de forma estranha, na hora certa o povo sabe punir.

“O P-Jango deveria entrar no Livro Record de Guiness, por ser o único partido no mundo que foi legalizado faltando sete meses das eleições e foi extinto sete meses depois das eleições de 2022. Deveria entrar no Livro de Guiness e seria o nome de Angola que estaria no livro. O povo sabe como punir”, observou.

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