A intenção foi manifestada, este sábado, no final do V congresso extraordinário do MPLA, pelo seu líder, José Eduardo dos Santos.
Uma das conclusões do congresso apontou para a necessidade da aplicação do princípio da renovação e continuidade da direção em todos os escalões, para garantir "uma maior democratização das suas variadas estruturas e um melhor acompanhamento da execução das suas orientações para a governação do país".
"Neste contexto, temos de dedicar especial atenção à disciplina, à atitude e ao comportamento dos nossos militantes perante o cumprimento dos compromissos assumidos e no respeito pelos estatutos e regulamentos do partido", sublinhou o líder do partido.
José Eduardo dos Santos disse ainda que foi assumida "com coragem" na reunião magna uma posição crítica, tendo sido reconhecidos "alguns erros e limitações registados na atividade desenvolvida pelo partido, fruto de uma certa burocracia e acomodação".
Acrescentou ainda que a atitude torna o partido mais forte e preparado para enfrentar os problemas, bem como aumenta a sua credibilidade na hora de fomentar o diálogo com os militantes, amigos e simpatizantes do MPLA e com a sociedade, "criando um quadro mais propício ao reforço da democracia participativa".
"Desejo que os militantes do nosso partido tenham uma conduta exemplar no respeito pelo património público e pela propriedade privada e que sejam os primeiros a exigir transparência em todos os atos de gestão", disse o líder do MPLA.
"Neste sentido, podemos começar a refletir sobre a possibilidade de adotarmos no próximo congresso um Código de Ética Partidária, que estabeleça a postura individual dos militantes, as relações entre si e com o seu meio social, e a sua conduta no local do trabalho e no seio da família", realçou ainda José Eduardo dos Santos.
Como desafios, o líder daquela força política, no poder desde a independência de Angola, em 1975, apontou mais trabalho para a revitalização das estruturas básicas para o fortalecimento do MPLA.
LUSA