O líder do grupo parlamentar da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Liberty Chyaka, disse que foi realizada uma jornada intensa de trabalho, na semana passada, nas 18 províncias do país, antecipadamente comunicada à presidente da Assembleia Nacional, ao Comandante-Geral da Polícia Nacional e aos governadores provinciais.
Liberty Chiaka frisou que os deputados da UNITA puderam aprofundar a relação de confiança com os cidadãos, dos quais registaram “a manifestação da sua vontade de mudança em relação à situação política, económica e social”.
“Tomamos boa nota das dezenas de recomendações feitas sobre as autarquias, que, aliás, já estão sendo incorporadas no nosso projeto de lei, e fortalecemos a convicção de que só com a democracia participativa Angola terá desenvolvimento inclusivo”, referiu.
Nas jornadas, os deputados tiveram contacto com autoridades tradicionais, autoridades eclesiásticas, comerciantes, empresários, estudantes, professores, jovens, idosos, de todas as convicções políticas, filosóficas e religiosas, tendo também visitado hospitais, orfanatos, escolas e mercados.
Segundo o líder do grupo parlamentar da UNITA, “a tentativa de homicídio frustrado, organizada por milícias do regime na província do Cuando Cubango, não reduziu em nada o balanço altamente positivo destas jornadas parlamentares”.
“Entendemos que os fundamentalistas em causa são vítimas do sistema e do obscurantismo que ele constrói, infelizmente, para manter a grande maioria dos angolanos refém da pobreza e do neocolonialismo”, frisou.
O grupo parlamentar da UNITA denunciou o ataque, na sexta-feira, à caravana de deputados que se deslocou à província do Cuando Cubango, do qual teria resultado um morto e seis feridos, informação corrigida posteriormente para nove feridos, dos quais cinco graves.
A polícia do Cuando-Cubango confirmou a existência de quatro feridos no referido ataque, negando que o partido tenha solicitado escolta às autoridades.