Nas quatro categorias existentes, Democracia Total, Democracia Imperfeita, Regime Híbrido e Regime Autoritário, Angola saiu da lista da última categoria e passou a integrar a de híbrido, entre o autoritário e a democracia.
Ativistas angolanos têm outra leitura.
A organização não governamental Friends of Angola, sediada nos Estados Unidos da América, que trabalha no país a nível dos direitos humanos, considera normal a posição apresentada pelo relatório da Economist do Índice da Democracia relativamente a 2023, onde Angola aparece fora da lista de países autoritários, mas o seu diretor afirma que "não podemos camuflar a verdade, Angola não é um país democrático".
"No entanto, temos de ser honestos de termos a capacidade de fazer mudanças significativas para que possamos lá chegar e quando lá chegarmos não precisaremos destes relatórios”, disse Florindo Chivuvute.
Para o presidente do Observatório de Coesão Social e Justiça de Angola, Zola Ferreira Bambi, a posição da Economist não corresponde à verdade.
“Na minha humilde opinião, este relatório publicado pela Economist é algo preocupante tendo em atenção a nossa realidade e como tal não condiz com a realidade que se vive em Angola”, afirmou Ferreira Bambi.
O secretário para Comunicação e Marketing da UNITA, Evaldo Evangelista, abstém-se de comentar a posição da revista e remete o relatório para cada um dos cidadãos angolanos.
“Partindo do princípio que a Econimist é uma revista com muito prestígio e com bastante responsabilidade, nós não vamos questionar os estudos feitos por eles, mas sabemos que aqui internamente cada angolano sente que há um nível de regressão muito acentuado no que os direitos civis, participação política e funcionamento do Estado dizem respeito”, sustenta aquele responsável da UNITA.