Sábado, 27 de Abril de 2024
Follow Us

Sábado, 11 Novembro 2023 16:33

"Temos tudo para ser uma terra de oportunidades para todos" - Adão de Almeida

O ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, afirmou, este sábado, em Saurimo, na Lunda-Sul, que "temos tudo para ser uma terra de oportunidades para todos", onde cada angolano pode realizar o seu sonho.

Ao discursar no acto central do 48º aniversário da Independência Nacional, em representação do Presidente João Lourenço, Adão de Almeida defendeu que se continue a investir numa sociedade de valores e de princípios, onde o bem comum esteja acima dos interesses dos indivíduos, se proteja o património público, respeite os poderes democraticamente instituídos, em que se promova a boa gestão da coisa pública e se combata com firmeza a corrupção.

"Angola que estamos a construir para as actuais e futuras gerações é também uma pátria solidária que não deixa ninguém para atrás, que promove e valoriza o papel da mulher e capaz de assegurar a inclusão e o bem-estar dos mais vulneráveis”, sublinhou.

O ministro de Estado afirmou que qualquer angolano que se sinta patriota deve assumir o compromisso de respeito ao passado e honra ao 11 de Novembro.

Adão de Almeida exortou, igualmente, os angolanos a uma visão acertada no presente e compromisso inquebrável para com o amanhã, garantindo ser o que a Pátria exige de cada um dos seus filhos, bem como o que se espera de qualquer patriota. "Ter compromisso com a pátria é honrar o 11 de Novembro”, disse.

A história de Angola, frisou, regista com orgulho o momento fundacional em que, a partir da praça da Independência, na voz do saudoso Presidente Agostinho Neto, foi anunciado o feito, perante a África e o Mundo.

O momento, segundo o ministro de Estado, assinalou a concretização de um sonho há muito esperado, sublinhando que, em face disso, "honraram-se as vidas” que muitos compatriotas "doaram às nossas causas”, bem como "deu-se significado ao sangue derramado” pelos valorosos combatentes.

Adão de Almeida lembrou que, na altura, a Independência era um fim, mas também um meio, tendo justificado que era importante sermos independentes para nos livrarmos da opressão, termos dignidade e sermos "donos do nosso próprio destino”.

"Mas também era necessário sermos independentes, para construirmos uma Angola próspera para todos os seus filhos, capaz de promover o progresso e o bem-estar dos angolanos”, acrescentou, recorrendo-se, a seguir, de uma frase de Agostinho Neto, proferida no discurso proclamador, segundo o qual "a nossa luta não termina aqui. O objectivo é a independência completa do nosso país, a construção de uma sociedade justa e de um homem novo”.

Mais do que um inevitável dia de festa, o ministro de Estado referiu que o 11 de Novembro é, sobretudo, um dia de reflexão sobre o passado, o presente e o futuro, mas igualmente sobre os caminhos da nossa história comum e os desafios dos nossos dias e os sonhos que queremos realizar.

Batalha pela dignidade

Hoje, 48 anos depois, Adão de Almeida reiterou convicção ao afirmar que faz todo o sentido enaltecer as páginas douradas que registam para todo o sempre a bravura e a resistência dos nossos antepassados que, tendo suportado cinco séculos de dominação colonial, não deixaram de sonhar com a liberdade e a autodeterminação.

Citou, a título de exemplo, os incontornáveis Ngola Kiluanji, Njinga Mbandi, Ekuikui, Mandume, Mutu Ya Kevela, que "ousaram não se conformar com a ocupação colonial, tão-pouco com o estatuto insignificante”, imposto aos seus povos e travaram duras batalhas pela sua dignidade. O ministro de Estado disse, ainda, que a história de resistência de Angola ensinou que o seu povo "não desiste dos objectivos”, nem nos momentos mais difíceis ou perante os mais fortes dos adversários.

Na visão de Adão de Almeida, após a conquista da Independência, os angolanos precisavam acabar com o conflito interno, tendo ressaltado o ano de 2002 como tendo sido marcante, ao trazer consigo a segunda maior conquista, enquanto angolanos.

E, nesse aspecto, o ministro de Estado realçou o mérito do processo "exemplarmente conduzido pelo Presidente José Eduardo dos Santos”, que culminou com a reconciliação entre irmãos da mesma pátria.

"Hoje, somos independentes e estamos em Paz. No dia 4 de Abril de 2002 a chama da esperança reacendeu e os sonhos da Independência ressuscitaram”, regozijou-se, arrancando aplausos das várias centenas de convidados, no Cine Chicapa, entre membros do Executivo e representantes de partidos políticos.

Da forma mais dura possível, continuou Adão de Almeida, a história ensinou-nos que a estabilidade é melhor do que a instabilidade, que a união é melhor do que a divisão, que somos um só povo e uma só nação e que a única opção disponível é caminharmos juntos, construirmos Angola juntos.

Para o representante do Presidente da República no acto central de festividades do 11 de Novembro, as gerações da Independência e da Paz "souberam interpretar os anseios dos angolanos e estar à altura dos desafios dos seus tempos”.

Valorizar a Independência

Adão de Almeida apelou, ainda, para a necessidade imperiosa de se valorizar e preservar os benefícios da Independência, da paz e da estabilidade, como desafios permanentes e bens inestimáveis, alertando para os cenários de conflitos que assistimos em vários pontos do mundo.

"É uma questão de respeito para com o nosso passado e para com a nossa história”, sustentou, admitindo, de seguida, que os desafios do nosso tempo não se esgotam aí, dado o facto de que temos que pensar na Angola que queremos nos próximos 48 anos.

O ministro de Estado desconstruiu o lema escolhido para as celebrações dos 48 anos da nossa Dipanda (Unidos pelo desenvolvimento de Angola) esclarecendo que não podia ser mais feliz a opção, em virtude de apelar-nos para a compreensão da relação entre a união e o desenvolvimento, "porque todos somos poucos para construirmos a Angola que sonhamos”, com a proclamação da Independência.

"Porque só unidos seremos capazes de enfrentar os desafios do presente e do futuro e colocar o nosso país no lugar que merece na arena mundial”, assegurou.

Sonhos da Independência impõem continuidade dos investimentos

Adão de Almeida, ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, sublinhou, em Saurimo, que os sonhos da Independência impõem ao país continuidade nos investimentos, para que tenhamos mais e melhor educação, as crianças e jovens sejam mais competitivos e possam estar à altura dos desafios dos seus tempos.

Os grandes desafios, segundo Adão de Almeida, passam por investir na saúde dos angolanos, uma aposta que, na sua óptica, tem surtido os resultados esperados, confirmado pelos feitos dos últimos anos e as perspectivas para os próximos. "É possível termos um sistema de saúde à altura dos nossos anseios”, afirmou, peremptório.

E como os números não mentem e ajudam a dissipar dúvidas, o ministro de Estado recorreu a eles para explicar que a esperança média de vida aumentou 4 anos, a mortalidade de crianças menores de 5 anos baixou substancialmente e o acesso aos cuidados primários de saúde triplicou.

"O Serviço Nacional de Saúde conta com 3.325 unidades sanitárias e o número de camas de saiu de 13.426, em 2017, para 37.808, no ano passado. Só na última legislatura, ingressaram para o serviço público de Saúde 41.093 novos profissionais”, constatou.

A pensar no futuro, Adão de Almeida defendeu que se deve continuar a investir na melhoria das infra-estruturas necessárias ao desenvolvimento harmonioso do território nacional, sugerindo que a mesma se faça "através da reconstrução e da construção das estradas necessárias”, para assegurar a conectividade entre as diferentes regiões do nosso vasto território.

Para o governante, devem merecer, por isso, aplausos os projectos em curso de reconstrução de várias estradas no Norte e no Leste do país, citando os casos da reabilitação da Estrada Nacional 230, Malanje – Saurimo, da via Saurimo – Dala, do troço Lucapa – Saurimo e da estrada que liga Luau – Marco 25 – Cazombo.

De igual modo, fez referência à reabilitação do troço Sanza Pombo – Cuilo Pombo – Quimbianda – Buengas, a via Lucossa – Mpala – Noqui, Nzeto – Soyo e a de 295 Km da Estrada Nacional 100, na província de Cabinda.

Rate this item
(0 votes)