O Governo diz esperar que os deputados façam o seu trabalho na aprovação da legislação em falta e garante que a nova divisão administrativa não coloca em causa as eleições autárquicas.
Ante a pergunta colocada pela VOA a alguns líderes políticos, para quando as eleições autárquicas, Rui Malopa, secretário geral do PRS, remete a resposta para o MPLA.
“Para o PRS as eleições autárquicas têm que ser já. É uma necessidade urgente, 2023 é a data”, afirma Malopa, que emenda: "o resto depende da vontade política do partido que governa porque ele não quer eleições autárquicas e vai adiando”.
Já a UNITA, na voz do seu secretário nacional para a Comunicação e Marketing, Evaldo Evangelista, o partido tem estratégias para forçar o MPLA a realizar as eleições autárquicas em 2023.
“As autarquias não são um luxo, são uma necessidade do povo angolano, por isso é que a UNITA tem uma estratégia e a estratégia não pode ser revelada”, diz.
Evangelista afirma que o líder do MPLA tem estado constantemente a violar os acordos em épocas eleitorais.
A VOA contactou Rui Falcão, porta-voz do MPLA mas sem sucesso.
Entretanto, Dionísio Manuel da Fonseca, ministro da Administração do Território, esclarece que a nova divisão político-administrativa não vai comprometer a realização das autarquias em Angola.
“Não há qualquer colisão entre o processo de autarcização do país e o processo da municipalização do Estado, estaremos a criar condições para melhor funcionamento das autarquias, mas vamos escutar a população e esperar que os deputados façam o seu trabalho”, afirmou o governante.
Num recente entrevista à VOA, o Presidente João Lourenço reiterou o interesse do seu Governo em avançar com as autarquias, mas sem avançar datas, lembou que "Quem teve a iniciativa de pela primeira vez falar das autarquias fui eu".
Ele também lembrou que o pacote legislativo foi entregue ao Parlamento para a aprovação. VOA