Sábado, 20 de Abril de 2024
Follow Us

Sábado, 02 Abril 2022 19:07

Combate a corrupção é fictício, afirma jurista Maria Luísa Abrantes

É “tudo fictício”, diz Maria Luísa Abrantes o sobre aluta contra a corrupção. Para a jurista, João Lourenço tem consciência disso, daí ter se zangado com os portugueses e os ter obrigado a interferir no poder judicial para transferir o processo de Manuel Vicente para Angola.

Numa longa entrevista que concedeu ao jornal Valor Económico, Milucha Abrantes, como também é conhecida a mãe de Tchizé dos Santos, disse, que no que já no tempo do ex– -presidente José Eduardo dos Santos existia a luta contra corrupção também de fachada.

O próprio José Eduardo dos Santos, referiu, foi quem propôs essa frase que “agora todo o mundo fala e que é usada pelo Presidente João Lourenço”, isso no congresso do MPLA, antes das últimas eleições para poderem atrair descontentes, como eu, e poderem eventualmente chamar pessoas e dizer «nós vamos fazer isso de forma mais séria». O MPLA sempre falou da luta contra a corrupção”.

As ordens superiores continuam a imperar no sector da justiça e algumas pessoas continuam a ser privilegiadas, entende a jurista.

José Eduardo dos Santos é patriota e por isso não tem aberto a sua boca para falar do sabe e se o fizer, “o país desaparece” e “o MPLA vai implodir”.

Milucha Abrantes disse também que José Eduardo dos Santos colocou a filha Isabel dos Santos na Sonangol 37 anos depois de assumir o poder e Zenu dos Santos, no Fundo Soberano, 36 ou 35 anos depois.

“A filha do Presidente João Lourenço é administradora e chegou como directora. Tenho muita consideração, gosto muito das meninas, mas ela já é administradora e ninguém diz nada. A filha da vice-presidente do partido, que estudou em Cuba e que nunca fez grandes militâncias, mesmo a vice-presidente também não fez grande militância, mas já meteu a filha e o filho no Comité Central, em pouco tempo. O Presidente José Eduardo dos Santos nunca fez isso. A filha do Presidente José Eduardo dos Santos, que entrou para o partido, começou na OPA e fez todo trabalho de base. Ela andou nos subúrbios, por todo lado e todo mundo viu. Quando entrou como deputada, tinha 30 anos e eu achava que era muito nova. Era muito precoce, mas muito inteligente e entrou muito mais tarde. Qual é a lição que estes dão? Nenhuma, porque estão a fazer exactamente o mesmo num contexto pior, porque além de não saberem gerir, apanharam um problema que é a covid.”

Milucha disse que parte do grupo de pessoas “completamente” decepcionadas com a João Lourenço e denunciou a selectividade no tratamento dos casos de corrupção. Luanda Post

Rate this item
(1 Vote)