A ministra da Saúde, segundo soube Angola24Horas, fez tais pronunciamentos aquando da chegada ao país, de cerca de 3 milhões de doses de vacinas, no âmbito da iniciativa da Covax, vindas da República chinesa, um acto foi presenciado pelo Presidente da República, João Lourenço.
Com a chegada deste lote de 3 milhões, Angola totaliza 9,4 milhões de doses de vacinas já recebidas, sendo que 4,6 compradas pelo governo angolano e 4,8 milhões são doações de países da União europeia, China e a Rússia.
Na sua intervenção, o Presidente João Lourenço disse que antes do fim do ano, Angola vai ainda receber mais de 7 milhões e 700 mil doses da vacina adquiridas pelo Executivo.
"Nós hoje recebemos uma grande encomenda de vacinas. É primeira vez que recebemos uma grande quantidade tão grande de vacinas, de uma só vez, estamos a falar de 3 milhões de doses da vacina da Sinopharm que recebemos hoje, com a perspectivara de até final do ano recebermos mais de 7 milhões de doses da mesma vacina adquirida pelo executivo, avançou João Lourenço.
João Lourenço disse ainda que, o seu governo entendeu que a solução primária é a vacinação massiva, avançando que Angola não vai ficar nestes número, quando a previsão é vacinar os mais de 15 milhões de cidadãos maiores de idade, elegíveis para apanhar as mesmas vacinas.
Assim, Sílvia Lutucuta esclareu que o Executivo compra vacinas e não vive única e exclusivamente de doações e avançou, no entanto, os números.
"Nós não vivemos só de doações. É preciso que isso fica claro. Angola já comprou cerca de 4 milhões de doses da vacina contra a Covid -19", disse Sílvia Lutucuta.
Das vacinas já compradas, a ministra disse que custaram, do cofre do Estado 8,8 dólares norte-americanos, cada, na mesma altura em que fez saber que o Executivo disponibilizou 8 milhões de dólares para se proceder à compra destas vacinas contra novo coronavírus.
Na ocasião, o Ministro do Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Francisco Furtado, coordenador da Comissão Multissetorial de combate à Covid-19, disse que a compra destas vacinas tem por finalidade o bem-estar do povo angolano.
Refira-se que, os relatórios do Ministério das Finanças, segundo afirmou Jeremias Agostinho, estão sem registos de compra de vacinas para Angola.
Assim, os cerca de 3 milhões de cidadãos angolanos já vacinados, terão se beneficiado de vacinas doadas por outros países, no âmbito da iniciativa da Covax, o que indica que, o Executivo, eventualmente não comprou ainda nenhuma vacina, desde o início da pandemia, quando em Decretos Presidenciais, foram já autorizadas verbas para o efeito.
De acordo com o especialista em Saúde Pública, Jeremias Agostinho, soube Angola24Horas, nos relatórios de saída do tesouro que fazem referência ao orçamento atribuído e ao que já foi executado pela Comissão Multissetorial de combate à Covid -19, não havia, nos documentos que teve acesso, nenhuma rubrica da aquisição de vacinas, tratando-se de relatórios de até pelo menos o 2° trimestre de 2021, sem no entanto encontrar qualquer rubrica, fazendo menção à saída de verbas do tesouro nacional para este fim.