A “maioria” dos 50 países africanos que vão marcar presença na Cimeira Estados Unidos/África da próxima semana, em Washington, vão estar representados por chefes de Estado, confirmou ontem o governo norte-americano.
A informação foi avançada pela sub-secretária de Estado para os Assuntos Africanos, Linda Thomas-Greenfield, durante uma conferência de imprensa, transmitida por videoconferência para várias embaixadas em capitais africanas.
Fonte do Executivo confirmou à Lusa que o governo será representado nesta cimeira pelo vice-presidente, Manuel Domingos Vicente.
“Nós recebemos confirmação de 50 governos, de que vão participar nesta cimeira [ao mais alto nível]. A maioria será com chefes de Estado”, disse a governante norte-americana, admitindo também a presença de primeiros-ministros e outros líderes, políticos e sociais, destes países.
A Cimeira Estados Unidos/África, classificado pelo governo norte-americano como um “evento histórico”, vai decorrer entre 04 e 06 de agosto, na presença do presidente Barack Obama.
Temas como saúde, vida selvagem, energia, comércio e investimentos norte-americanos em África, bem como paz e segurança no continente, fazem parte da agenda oficial da cimeira, subordinada ao tema “Investir na próxima geração”.
Ao longo da cimeira o Governo norte-americano prevê a realização de mais de oitenta eventos, não estando previstos contactos bilaterais com Barack Obama, uma pretensão de alguns Chefes de Estado africanos.
“Não haverá reuniões bilaterais com o presidente porque seria praticamente impossível realizar todas essas reuniões e ter conversas significativas”, esclareceu Linda Thomas-Greenfield.
Questionada sobre a participação nesta cimeira de figuras políticas consideradas pela opinião pública como ditadores, a governante assegurou que a presença destes líderes em Washington será aproveitada para discutir assuntos relacionados com Direitos Humanos.
Além disso, afirmou, o governo norte-americano defende a limitação, constitucional, dos mandatos, algo que “não deve ser alterado para promover os interesses de um só pessoa, que está no poder”.
Para a Secretária de Estado Assistente norte-americana, a cimeira de Washington servirá igualmente para os Estados Unidos “reconfirmarem” o interesse e apoio ao desenvolvimento do continente africano.
Lusa