A informação foi hoje avançada pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, na Assembleia Nacional, que aprovou na generalidade a proposta de Orçamento Geral do Estado (OGE) revisto para 2020.
“Quer dizer que a dívida de Angola entre 2017 e 2019, em termos reais, diminuiu, mas aumentou em termos nominais, porque em 2017 praticamente não houve grande depreciação da moeda, já em 2018/2019 houve uma grande depreciação da moeda, de modo que quando a moeda deprecia grandemente são precisos mais kwanzas por cada dólar”, explicou Manuel Nunes Júnior.
O governante angolano reforçou que, tendo havido essa reversão em 2018/2019, a dívida pública do país diminuiu.
“Se compararmos a dívida pública de 2017 a 2019, em termos reais a dívida pública diminuiu e quando falo em termos reais estou-me a referir à dívida denominada em dólares, não em kwanzas”, disse Manuel Nunes Júnior, sublinhando que este é um elemento importante.
Por sua vez, a ministra das Finanças, Vera Daves, à preocupação dos deputados sobre a negociação da dívida, referiu que o espaço fiscal que está a ser libertado, pela via da suavização desse serviço de dívida, permitiu já nesse ano conseguir fazer reforços de verba, tanto na despesa de capital quanto no setor económico e no setor social.
“E isso, obviamente, que vai trazer benefícios de curto, médio e longo prazos para os angolanos”, afirmou.
Segundo a ministra, também permitiu que o défice não fosse muito maior do que aquilo que é, trazendo assim benefícios.
“E nos exercícios seguintes pretendemos manter a nossa estratégia conservadora de contrair o mínimo de financiamento possível, vamos elaborar uma estratégia fiscal de médio prazo, concentrada nisso, redução ativa do ‘stock’ da dívida, financiamento responsável, com foco naqueles projetos que geram valor e que geram impacto económico e social”, adiantou.