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Terça, 26 Novembro 2019 22:58

PGR de Angola investiga 12 diplomatas em dois anos

Doze processos-crimes contra diplomatas, entre os quais chefes de missões, deram entrada nos últimos dois anos na Procuradoria-Geral da República (PGR), afirmou, hoje (terça-feira), o ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto.

Segundo o governante, que falava aos deputados da 3ª Comissão da Assembleia Nacional, no âmbito da apreciação, na especialidade, da Proposta de Lei do Orçamento Geral do Estado (OGE) 2020, os mesmos respondem, entre outras práticas, por subtração de valores.

Sem especificar nomes, Manuel Augusto adiantou que, desse leque, um diplomata já acabou preso e dois outros devolveram ao Estado os valores subtraídos.

O ministro referiu que, no quadro das investigações, detectou-se que algumas práticas foram cometidas por gestão “menos cuidada” e outras por “gestão criminosa”.

“Temos sempre dado a possibilidade dos embaixadores, cônsules (…) apresentarem as suas versões, antes dos processos pararem nos órgãos competentes”, disse Manuel Augusto, quando respondia às questões colocadas por alguns deputados.

Como exemplo, referiu-se ao caso de um embaixador de Angola no Quénia, acusado de má gestão, e outra situação registada num consulado da República de Angola no Congo Brazzaville, onde terá sido simulado um roubo de USD 300 a 400 mil (trezentos a quatrocentos mil dólares norte-americanos).

Manuel Augusto fez também menção do caso do ex-embaixador de Angola na Etiópia e Junto da União Africana, Arcanjo Maria do Nascimento, a quem foi aplicada, em Maio último, a medida de coação pessoal de prisão preventiva, pela Procuradoria Geral da República (PGR).

Em causa, segundo a PGR, estão "fortes indícios de ter cometido os crimes de peculato, corrupção passiva e branqueamento de capitais".

Como resultado desses indícios, Arcanjo do Nascimento já foi submetido a interrogatório como arguido, de acordo com a Procuradoria-Geral da República.

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