A solicitação foi feita num encontro com a procuradora-geral da República do Brasil, Raquel Dodge, em Brasília, no quadro da visita que a delegação angolana efectua àquele país sul-americano.
A procuradora-geral da República do Brasil explicou que para receber as informações é necessário que Angola se comprometa a não transferi-las a outros países, a manter os benefícios concedidos aos colaboradores e a não usar as provas para finalidade diversa da que receberam.
Segundo nota publicada no site do Ministério Público Federal (MPF), do Brasil, após a reunião, a delegação angolana foi à Secretaria de Cooperação Internacional onde foi dado encaminhamento à assinatura do Termo de Compromisso de Especialidade e Limitação ao uso de provas.
Por força do Acordo internacional no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o MPF é a autoridade central para tratar directamente da cooperação jurídica nestes casos.
A delegação angolana solicitou igualmente a cooperação entre os dois países em actividades académicas. Em resposta, a procuradora-geral da República do Brasil falou sobre a disposição da Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) em contribuir com a capacitação de procuradores de Angola.