Não quero que o "Jornal de Angola" mude o seu estilo, muito menos os adje+tivos que caíram em desuso ou a prosa tonitruante que irrompe nalgumas colunas. Mas gostava de dar uma pequena ajuda ao jornal. Neste caso, uma ajuda sobre mim, só para evitar referências ou insinuações erradas, que envolvem terceiros.
Num regime democrático sério é função do governo e do Estado combaterem a corrupção, e entre os grandes objetivos de um Estadista está em provar à sociedade que ele é parte do exército que combate este mal.
O regime ditorial do presidente Jose Eduardo dos de Angola, provavelmente por estar reduzido com conselheiros do tipo Bento Kangamba e outros seres pouco pensantes estão agora a produzir cada vez mais heróis em Angola, sem que ninguém da cidade Alta se da conta disso.
Tinha pensado em não escrever mais sobre esta telenovela entre Angola e Portugal. Mas a verdade é que o Jornal de Angola insiste em escrever e - raro privilégio - falar de mim. Um tal Álvaro Domingos, que escreveu domingo passado, acha que eu e o Daniel Oliveira fazemos parte de uma central qualquer que recebeu dinheiro da Unita.
A maneira como foi anunciada o rompimento dos Planos Estratégicos, ou o cessar destes, entre Portugal e Angola, pelo presidente deste país, prova a relação de promiscuidade entre os governantes angolanos e a comunidade empresarial portuguesa. Estes tão corruptos como aqueles.
Como todo o respeito, que nutro pela chamada oposição firme ao regime Angolano porem, o papel do patriota Rafael Marques de Morais, na sua árdua e espinhosa luta contra a corrupção em Angola, com vista à mudança do status quo na nossa terra, devia merecer o total apoio e reconhecimento de todos aqueles, que se acham verdadeiros amantes da paz e da democracia em Angola.
O termo lusofonia nunca foi do agrado dos angolanos porque faz lembrar a “francofonia”, um instrumento fundamental para perpetuar os interesses de França nas suas antigas colónias.
Acompanhei esta manha a entrevista ao Embaixador Barrica, na SIC, que é o actual Embaixador de Angola em Portugal. Foi notória a dificuldade que teve em defender o sistema político angolano, que padece de grandes males, cada vez mais conhecidos por todos, dentro e fora do país, que são a corrupção, o desvio de fundos, a arrogância, a má gestão do erário publico, a falta de liberdade de imprensa e as violações sistemáticas dos direitos humanos.