A nova composição da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de Angola foi hoje aprovada apenas com os votos favoráveis do MPLA, partido no poder, depois de os deputados da UNITA, maior partido da oposição, terem abandonado o parlamento.
A UNITA diz que "não aceita" uma Comissão Nacional Eleitoral "ilegal" e acusa o MPLA de "golpe constitucional". O Grupo Parlamentar do principal partido da oposição garante que se o MPLA aprovar a proposta de resolução que altera a composição da CNE no dia 31 deste mês, "não vai votar e desencadeará um contencioso judicial".
As Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI), de iniciativa dos grupos parlamentares, têm sido presistentemente bloqueadas pela maioria na Assembleia Nacional de Angola.
A UNITA, maior partido da oposição, apelou hoje ao MPLA, partido no poder, e ao seu presidente, João Lourenço, que “abandonem a linguagem do ódio, da intolerância e da diabolização de quem pensa diferente”.
O MPLA (poder em Angola) acusa a UNITA (oposição) de “manobras políticas para desestabilizar o país e semear a discórdia" e que ter sido incapaz de aceitar os resultados das eleições de 2022 que deram a vitória ao MPLA.