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Domingo, 22 Fevereiro 2015 12:58

As vantagens da exportação da nossa CUCA

Eu já escrevi sobre este assunto anteriormente num dos semanários de Luanda, mas achei que é importante trazer ao debate a questão da produção nacional e da exportação das bebibas e em particular a nossa CUCA, e as vantagens que ela pode trazer para a economia nacional numa altura de crise.

A CUCA já exporta para Portugal e São Tomé e Príncipe, embora em pequenas quantidades.

Importa realçar que, muitas são as vantagens da exportação para as empresas e para o País. Tendo em conta que  “a atividade de exportação é uma alternativa de desenvolvimento das Empresa  e também do País.”.

As exportações oferecem diversas vantagens, entre elas:

1) A diversificação de mercados:

A estratégia de destinar uma parcela de sua produção para o mercado interno e outra para o mercado externo permite que a empresa amplie sua base/carteira de clientes, o que significa correr menos riscos, pois, quanto maior o número de mercados ela atingir, menos dependente ela será. A diversificação de mercado permite, ainda, que a sazonalidade do produto seja eliminada, isto é, uma empresa que fabrica produtos voltados para o clima frio, poderá produzi-los o ano inteiro, porque terá diferentes mercados onde vendê-los, e não dependerá somente das estações nacionais.

2) O aumento da produtividade:

Quando uma empresa começa a exportar, sua produção aumenta numérica e qualitativamente. Isso ocorre devido à redução da capacidade ociosa existente, que é obtida por meio da revisão dos processos produtivos. Com o aumento da produção, naturalmente, aumenta também a capacidade de negociação para a compra de matéria-prima. Com isso, o custo da fabricação das mercadorias tende a diminuir, tornando-as mais competitivas e aumentando a margem de lucro.

3) Melhoria da qualidade do produto:

Outra vantagem bastante perceptível é a melhoria da qualidade do produto. Esta também tende a aumentar, pois a empresa tem que adaptá-lo às exigências do mercado ao qual se destina, o que a obriga a aperfeiçoá-lo. Ao ingressarem no mercado internacional, as empresas adquirem tecnologia, pois os países desenvolvidos exigem dos seus fornecedores normas e procedimentos que, com o tempo, são internalizadas e passam a ser rotineiras e, assim, todos os seus negócios posteriores com o exterior, ou com o mercado interno serão feitos dentro dessas normas. A interação com novos mercados propicia o acesso a novas tecnologias. As empresas exportadoras passam a adotar programas de qualidade e a desenvolver testes em seus produtos, passando a implantar mecanismos que garantam sua qualidade, para evitar problemas com os importadores, e até uma possível devolução da mercadoria.

4) Diminuição da carga tributária:

As empresas que exportam podem utilizar mecanismos que contribuem para uma diminuição dos tributos que normalmente são devidos nas operações no mercado interno, são chamados de incentivos fiscais. Os incentivos fiscais são benefícios destinados a eliminar os tributos incidentes sobre os produtos nas operações normais de mercado interno. Quando se trata de uma exportação, é importante que o produto possa alcançar o mercado internacional em condições de competir em preço e, por isso, ela pode compensar o recolhimento dos impostos internos [...] como o Imposto de consumo, etc.

5) Melhoria da empresa:

Geralmente, quando uma empresa passa a exportar ela obtém melhorias significativas, tanto dentro da empresa (novos padrões gerenciais, novas tecnologias, novas formas de gestão, qualificação da mão-de-obra, agregação de valor à marca) quanto fora (melhoria da imagem: frente a clientes, fornecedores e concorrentes). Ao tornar-se uma empresa exportadora, a sua imagem muda. O seu nome e a sua marca passam a ser uma referência em relação à concorrência, e ela passa a ser vista como uma empresa de produtos de qualidade. Os compradores no exterior sobretudo o Europeu são bastante exigentes, e tanto os clientes quanto os fornecedores sabem que a empresa que está exportando consegue colocar seus produtos no exterior graças ao seu esforço em se tornar mais competitiva. A empresa passa a gerar novos empregos, devido ao aumento da produção, e os funcionários passam a sentir orgulho de trabalhar em uma empresa que exporta seus produtos.

É muito importante para Angola exportar outros produtos para além do petróleo, seja para atrair divisas, gerar empregos ou até mesmo aumentar a faturação das empresas exportadoras. Por isso é possível encontrar varias formas de incentive a exportação que é  uma das melhor forma para internacionalização das empresas.

Para que uma empresa ingresse no mercado internacional é possível que ela tenha gastos, entre erros e êxitos, além de possivelmente necessitar de vários anos para chegar à estabilidade de processo esperada, normalmente espelhado com a situação actual da empresa no mercado interno. Por isso, quando surge a idéia de exportar é preciso levar em consideração que está se iniciando um processo em que, não há experiência, pensando em fazer do mercado externo uma extensão da actividade praticada no mercado interno, não somente uma opção de escoamento dos produtos em momentos de mercado interno desaquecido, sendo assim, para que o processo não seja doloroso nem pesado é importante utilizar-se de todos os recursos e auxílios disponíveis no mercado, afinal é interessante para todos, inclusive para o estado como nação incentivar as suas exportações. No casso particular da exportação da nossa Cuca em Portugal, temos que  a proveitar a comunidade Angolana aí residente e que são mais de 250.000 Angolanos, mas que conservam os hábitos alimentares Angolanos, o nosso Funge, a nossa Kizaka, a nossa Moamba etc., e que sabe sempre bem quando acompanhado com uma boa CUCA.

Por José Matuta Cuato

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