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Quarta, 07 Janeiro 2015 15:47

Jornal francês que ironiza Maomé é atacado na França e 12 pessoas morreram

Um ataque promovido hoje (7) nos escritórios do jornal satírico francês Charlie Hebdo fez 12 mortos, segundo o Ministério Público de Paris. Informações anteriores, da câmara municipal de Paris e da polícia, davam conta de pelo menos um morto e seis feridos em estado grave. 

Testemunhas contaram que, antes de deixarem o local, os homens teriam gritado "Vingamos o profeta!", segundo o jornal Le Monde. Há ainda três feridos internados em estado grave.

A Presidência francesa informou que o presidente François Hollande se dirigiu para o local e convocou uma reunião do gabinete de crise para 15h (horário local). Já no local do atentado, Hollande concedeu uma entrevista coletiva.

Segundo testemunhas, homens portando armas automáticas atacaram os escritórios do jornal satírico francês Charlie Hebdo, em Paris.

A redação do jornal satírico, publicado semanalmente, já tinha sido atacada em novembro de 2011, quando um incêndio de origem criminosa destruiu suas instalações. Esse incidente ocorreu depois de o jornal publicar um número especial sobre as primeiras eleições na Tunísia, após a destituição do presidente Zine el Abidine Ben Ali, vencidas pelo partido islâmico Ennahda, no qual o profeta Maomé era o “redator principal”.

O ex-presidente da França e líder do partido conservador União por um Movimento Popular (UMP), Nicolas Sarkozy, repudiou nesta quarta-feira o atentado "selvagem" contra a revista satírica "Charlie Hebdo" e pediu "medidas fortes contra o terrorismo" ao governo, o que disse que "apoiará sem reservas". "É um ataque direto, selvagem, a um dos princípios republicanos, a liberdade de expressão" e um "ato desprezível", disse da sede da UMP.

Sarkozy afirmou que "os culpados por esses atos de barbárie devem ser perseguidos e punidos com a mais extrema severidade", e ressaltou que, como a "democracia foi atacada, é preciso defendê-la com firmeza". "A França foi atacada de novo pela barbárie terrorista. Não podemos ceder nem um pouco de terreno.

Temos que continuar dizendo o que temos que dizer e viver como queremos", disse o presidente da UMP.

Pelo menos 12 pessoas morreram no ataque à sede da "Charlie Hebdo", no centro de Paris, entre os quais estão o jornalista e diretor da publicação, Stéphane Charbonnier, conhecido como "Charb", e três dos principais chargistas da revista, assim como dois policiais. Também há cerca de 20 feridos, vários entre a vida e a morte. Os autores do ataque fugiram em um carro, um Citroën C-1, que foi abandonado no nordeste de Paris.

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