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Sexta, 10 Novembro 2023 15:53

Corrupção e partidarização das instituições do Estado “destruíram dignidade dos angolanos” – UNITA

A UNITA, oposição angolana, disse hoje que a corrupção e a partidarização das instituições do Estado “destruíram a dignidade” do cidadão angolano, que continua por se realizar 48 anos após a independência, exortando os cidadãos à unidade.

A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA, maior partido na oposição), na sua declaração alusiva ao Dia da Independência Nacional, que se comemora no sábado, 11 de novembro, saúda todos os angolanos e reitera o seu compromisso para a instauração de um verdadeiro Estado democrático e de direito e de uma genuína reconciliação nacional.

O partido fundado por Jonas Savimbi refere que o dia 11 de movembro de 1975 “foi escolhido, pelos cossignatários do Acordo de Alvor" - Portugal, FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola), MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola, no poder desde 1975) e UNITA -, "como a data da proclamação da independência de Angola”.

Segundo a UNITA, este ato histórico “seria o culminar” de todo um processo que seria, entre outros, precedido da realização das eleições para a Assembleia Constituinte.

“Tal não aconteceu devido às circunstâncias históricas globais que influenciaram negativamente a ambição de um dos movimentos de libertação (MPLA), que sistematicamente violou o Acordo de Alvor e em agosto de 1975 expulsou, militarmente, os outros dois movimentos de Luanda”, refere-se na declaração.

A UNITA critica o MPLA por ter proclamado “unilateralmente”, a 11 de Novembro de 1975, a independência que “foi reconhecida imediatamente por alguns países, mas que, 48 anos depois, continua a não realizar o objetivo dos nacionalistas angolanos, a dignidade para o seu povo”.

Para o partido, a corrupção e a partidarização das instituições do Estado “destruíram a dignidade do cidadão angolano”.

A defesa e apelos permanentes por um Estado democrático de direito, pela economia de mercado, pela paz social, realça, “juntam as vozes da UNITA e das organizações da sociedade civil”.

Na sua declaração alusiva aos 48 anos de independência, cujo ato central está agendado para sábado na província angolana da Lunda Sul, a UNITA exorta o povo angolano à unidade de propósito e de ação no sentido de se materializar "a institucionalização das autarquias locais”.

O partido defende que as autarquias, cuja derradeira lei do pacote legislativo ainda não foi aprovada, devem ser institucionalizadas “em simultâneo” por serem a “via incontornável para o desenvolvimento”.

O secretariado executivo do Comité Permanente da Comissão Política UNITA reafirma, igualmente, a sua “disponibilidade” em dialogar com todas as forças vivas do país, sobre todas as componentes da vida nacional, para a construção conjunta de uma Angola melhor.

Apela, ainda, aos angolanos a honrarem a memória dos pais da independência, nomeadamente, Álvaro Holden Roberto, Agostinho Neto e Jonas Malheiro Savimbi, e rende uma "singela homenagem à todos os heróis e mártires da luta de libertação pela independência e pela conquista da democracia e da paz".

As celebrações do 48.º aniversário da independência em Angola decorrem sob o lema: “11 de Novembro: Unidos pelo Desenvolvimento de Angola”.

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