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Sexta, 24 Fevereiro 2023 12:33

China pede cessar-fogo e apresenta plano para fim da Guerra da Ucrânia

No dia em que a Guerra da Ucrânia completa um ano, a China apresentou na manhã desta sexta-feira (24), noite de quinta no Brasil, propostas para encerrar o conflito. Em documento divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores, Pequim defende um cessar-fogo imediato e pede negociações para a paz.

"Todas as partes devem apoiar a Rússia e a Ucrânia a trabalharem na mesma direção e a retomarem o diálogo da forma mais rápida possível", comunicou a pasta, acrescentando que trabalha para evitar uma escalada no conflito.

No texto, Pequim apresenta 12 propostas para que as partes envolvidas na guerra cheguem a uma "solução política". O regime chinês defende o fim de sanções impostas à Rússia e o estabelecimento de corredores para a retirada de civis das áreas de conflito e para a exportação de grãos.

1 — O respeito pela soberania dos países

2 — O abandono da mentalidade da Guerra Fria

3 — O fim das hostilidades

4 — O regresso das conversações de paz

5 — A resolução da crise humanitária

6 — A proteção dos civis e dos prisioneiros de guerra

7 — A salvaguarda das centrais nucleares

8 — A redução dos riscos estratégicos

9 — O encorajamento às exportações de cereais

10 — O fim das sanções unilaterais

11 — A manutenção da estabilidade das cadeias de abastecimento

12 — A promoção da reconstrução pós-conflito

É pouco provável que os Estados Unidos e a Europa apoiem o documento, acredita Neil Thomas, analista sénior do grupo Eurasia, em declarações à CNN. "A proposta chinesa devia ter terminado no primeiro ponto, que pede o respeito pela soberania dos países. Esta guerra pode terminar já amanhã, se a Rússia parar de atacar a Ucrânia e retirar as suas tropas."

O presidente ucraniano assumiu que gostaria de uma maior aproximação da China à Ucrânia. "Gostaríamos de nos encontrar com a China", apontou Volodymyr Zelensky numa conferência conjunta com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchéz, em Kyiv, esta quinta-feira.

"Claro que a Ucrânia gostaria de ver a China ao seu lado", sublinhou Zhanna Leshchynska, a principal diplomata de Kiev em Pequim, citada pela Bloomberg. "Neste momento, vemos que a China não está a apoiar os esforços ucranianos", mas "esperamos que eles também insistam com a Rússia para parar a guerra e retirar as suas tropas do território da Ucrânia".

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