"A segurança nacional deteve-a junto com Daniel", declarou a fonte, referindo-se a Meriam, de 26 anos e ao seu marido, Daniel Wani, de nacionalidade americana. Por ora, desconhece-se o paradeiro dos seus dois filhos, entre eles um recém-nascido.
Meriam Yahia Ibrahim Ishag foi condenada à morte por negar o Islão, mas teve a sua liberdade anunciada segunda-feira, 23 de Junho.
A condenação de Meriam à forca, no dia 15 de Maio, provocou fortes críticas de vários governos ocidentais e grupos de direitos humanos.
Filha de um muçulmano, ela foi condenada pela lei islâmica que proíbe as conversões, depois de se ter casado com um cristão. O casal já tinha um filho de 20 meses.
Meriam também foi condenada a 100 chicotadas por adultério, já que, segundo a interpretação sudanesa da sharia, as uniões entre uma muçulmana e um não-muçulmano são consideradas traição conjugal.
Quando foi condenada, a sudanesa estava grávida e deu à luz a uma menina 12 dias depois do veredicto. Depois do parto, foi levada da cela que dividia com o seu primeiro filho e outras mulheres para o hospital da prisão.
Cinco advogados especializados em direitos humanos encarregaram-se da defesa da jovem gratuitamente.
Vários líderes políticos e religiosos europeus pediram a revogação da "sentença desumana" pronunciada contra ela.
AFP
