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Domingo, 04 Mai 2014 15:38

Presidente congolês “não se deve recandidatar em 2016” declara John Kerry

Kinshasa  - O Secretário de Estado norte-americano, John Kerry chegou hoje a Luanda para uma visita de dois dias a Angola destinada a fortalecer a política bilateral e assuntos comerciais entre Angola e os Estados Unidos da América, anunciou o departamento de Estado norte-americano.

Em Kinshasa na RD.Congo o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse hoje que o Presidente da República Democrática do Congo, Joseph Kabila, deve respeitar a Constituição do país que o impede de disputar um novo mandato em 2016.

"Acredito que [o Presidente Kabila) sabe claramente que os Estados Unidos estão intimamente convencidos [...] que o processo constitucional deve ser respeitado", declarou o secretário de Estado John Kerry à saída de um encontro com o Presidente congolês.

"É assim que reforçamos um país. Não tenho qualquer dúvida de que a herança do Presidente Kabila será definida pelo progresso que fez, particularmente no último ano, com vista à resolução da questão da segurança no leste do país e também no plano económico", acrescentou Kerry, numa referência à vitória das forças armadas congolesas sobre os rebeldes do Movimento 23 Março (M23) em finais de 2013.

"É um jovem que ainda tem um tempo considerável para dar a sua contribuição ao país", estimou.

"Os Estados Unidos pensam que um país sai reforçado, que o seu povo sente respeito pela nação e pelo Governo, quando o processo constitucional é conduzido como deve ser e quando nos empenhamos em o fazer respeitar", acrescentou.

Chegado ao poder por via sucessória após a morte do seu pai, Laurent-Désiré Kabila, em 2001, Joseph Kabila tem 42 anos.

Eleito chefe de Estado em 2006, por ocasião das primeiras eleições livres do Congo independente, manteve-se no poder durante cinco anos mais, depois de uma votação contestada pela oposição e pela comunidade internacional.

A Constituição impede-o de se apresentar a novo mandato em 2016, mas os seus opositores suspeitam que pretende alterar a lei fundamental para se manter no poder.

Lusa/AO24

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