A informação avançada pelo O País, dá conta que nesta primeira sessão o Ministério Público irá proceder a apresentação do acto de pronúncia, no qual pretende-se detalhar a forma como ocorreram os factos, com base no relatório dos investigadores que conduziram o processo, bem como os crimes de que são acusados.
Há cerca de cinco meses, o caso de agressão envolvendo o então vice-governador de Luanda para o sector económico, Miguel Catraio, e cerca de quatro jovens, ganhou grande repercussão no país. Conhecido como “Caso Jindungo”, Nikilauda Vieira Galiano (Neth), a jovem agredida, teve que deixar o país, mas já está de volta. Desde então a família da vítima afirma estar a sofrer perseguição.
Num vídeo posto a circular nas redes sociais, no dia 13 de Abril, Neth, totalmente despida, é vista a ser agredida por duas outras mulheres e por uma terceira que filmava todo o acto. As agressoras chegaram, inclusive, a colocar jindungo nas partes íntimas de Nikilauda Vieira Galiano e a cortar-lhe os cabelos e as sobrancelhas.
O caso teve tanta repercussão, que levou à criação do grupo “Mulheres angolanas unidas pelo fim da violência contra a mulher” no Facebook, que enviou uma nota de repúdio à Procuradoria Geral da República, aos ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos, da Família e Promoção da Mulher, à Provedoria de Justiça e a Ordem dos Advogados de Angola, a solicitar a detenção e punição das respectivas autoras materiais, bem como possíveis autores morais do crime, além da publicitação do caso, respeitando os direitos a imagem das agressoras e das agredidas, para servir de exemplo a todas as pessoas que tenham a intenção de realizar acções deste tipo.
O PAIS