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Domingo, 29 Dezembro 2019 01:05

Pastores e obreiros da Universal manifestaram hoje em Luanda contra más práticas

Tudo indica que a crise na Igreja Universal está longe de terminar. Mais de cem pastores e obreiros em discórdia contra a liderança brasileira, marcharam hoje, nas ruas de Luanda, em protesto contra a vasectomia, desvios dos dízimos e ofertas, venda de património e outros bens.

Os pastores angolanos acusam ainda a liderança do bispo brasileiro Honorilton Gonçalves, que representa a Igreja em Angola de preconceito racial.

Os descontentes afirmam que mais de metade do património da Igreja, entre imóveis e viaturas, foram vendidas sem o conhecimento dos bispos e pastores angolanos.

A caminhada teve início no cemitério da Santa Ana e terminou na catedral do Maculusso, com slogan "A causa é justa".

O obreiro e responsável pela marcha, Dinis Bundu, disse à imprensa que pretende-se um diálogo entre os pastores e obreiros angolanos com a liderança, mas esta prefere o silêncio.

Dinis Bundu disse que já se passaram trinta dias depois do manifesto apresentado pelos bispos angolanos e não há nenhuma atitude positiva por partes da direcção. Avançou que há pastores a viver em condições desumanas e sofrem ameaças para abandonar as casas construídas com dízimos dos fiéis.

Sociedade civil

Membros da sociedade civil que também se juntaram à manifestação, exigem celeridade do Estado angolano solução do conflito na Igreja universal do Reino de Deus.

O representante da sociedade civil, Valdemiro Pascoal, disse que com base no manifesto apresentado pelo pastores angolanos, no dia 28 de Novembros, está-se perante graves violações de direitos humanos. Pretende a Procuradoria-Geral da República intervenha rapidamente para repor a ordem e a legalidade.

A Igreja Universal do Reino de Deus, disse o activista, apresenta problemas como evasão de divisas, obrigação de vasectomia, discriminação racial e outros.

"É inaceitável que uma igreja de direito angolano, 90 por cento dos membros da direcção brasileiros" disse.

Valdemiro Pascoal disse existirem provas que demonstram ser verdade as acusações feitas por pastores angolanos.

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