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Quarta, 31 Mai 2017 14:14

Pedida prioridade à diplomacia económica aos embaixadores angolanos

O ministro das Relações Exteriores de Angola apelou hoje aos embaixadores angolanos para darem prioridade à diplomacia económica, mas prestando também atenção aos novos tempos e fenómenos mundiais "marcados por alguma desordem ou anarquia".

Georges Chikoti discursava em Luanda, num encontro com os embaixadores angolanos, para abordar a "Estratégia de Comunicação Governamental 2017", promovido pelo Gabinete de Revitalização e Execução da Comunicação Institucional e Marketing da Administração (GRECIMA).

O chefe da diplomacia angolana considerou importante o apoio dos embaixadores à conquista de mercados, para atrair investimento estrangeiro e potenciar a economia nacional, sublinhando que a aposta na diversificação da economia não petrolífera constitui um desafio aos diplomatas angolanos a todos os níveis.

O governante angolano frisou a importância que tem sido dada pela comunidade internacional ao papel de Angola, na sua atuação diplomática para a resolução de diversos conflitos em África, mas além da instabilidade verificada no continente há outros desafios mundiais que "exigem conhecimento profundo por parte dos agentes diplomáticos angolanos".

"Só para citar alguns exemplos, a situação que se vive no mar a sul da China, na península coreana, dentre outras, são exemplos que a nossa diplomacia tem de se sentir à altura de acompanhar com bastante atenção, pois que as consequências resultantes de tais conflitos são suscetíveis de afetar a conjuntura internacional", disse.

Segundo Georges Chikoti, a reunião de hoje acontece numa altura muito especial para Angola, por se aproximar a realização das quartas eleições gerais, agendadas para o dia 23 de agosto.

Acrescentou, a propósito, que a comunidade internacional está a seguir com particular atenção as transformações sociais que se verificam em Angola e, em particular, a construção do estado democrático e de direito, situação que também se justifica pelo papel que a diplomacia angolana tem tido na resolução de conflitos e apoio aos parceiros internacionais em diferentes espaços geoestratégicos.

"Estamos num tempo marcado por complexos conflitos à escala global e que exigem por isso uma diplomacia atenta, inteligente, com capacidade de interpretar rapidamente os vários fenómenos que ocorrem", referiu.

O ministro pediu reforço na dinâmica para se responder "em tempo útil" às exigências do sistema das relações internacionais destes tempos marcados por alguma desordem ou anarquia, como o designam alguns teóricos das relações internacionais", salientou. 

LUSA

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