Há menos de 3 anos - ainda em Janeiro de 2017 - Isabel dos Santos era tida pelo mesmo MPLA que governa Angola desde 1975 como uma empresária de sucesso. Em Portugal, a ideia era exactamente a mesma.

Na passada sexta feira, 03 de Janeiro, fomos todos surpreendidos com a notícia sobre o assassinato do General Qassem Soleimani, um estratega militar iraniano, difundida pelos órgãos de comunicação social, cujas  imagens trágicas tornaram-se virais nas redes sociais.

Depois do Tribunal Provincial de Luanda ter decretado um arresto sobre o património da engenheira Isabel dos Santos e o seu cônjuge, não podemos ignorar os efeitos políticos, jurídico, económico e social de tal acto, por se tratar de um patrimônio substancial com impacto internacional de uma empresaria e filha de José Eduardo dos Santos, que foi durante mais de 37 anos Presidente de Angola e do MPLA.

São denúncia de Sindika Dokolo que dá conta de uma alegada adjudicação directa de "Angola Telecom", com autorização do Titular do Poder Executivo João Lourenço, sem concurso público a milionário egípcio Naguib Sawiris.

Na verdade, África é um bebê que sofre com a luta dos matulões, passando sempre pelos reflexos das tragédias provocadas pelo alto (América ou Europa). Neste âmbito, caso ocorra uma terceira guerra mundial, imediatamente os países africanos serão vítima do ódio entre os países envolvidos nesse teatro militar, como se diz na gíria, “Quando dois elefantes lutam o capim é que sofre”.