A UNITA, principal partido da oposição em Angola, classifica de “ataques xenófobos e racistas” o conteúdo do comunicado do Bureau Político do MPLA, no poder, sobre os confrontos mortais do passado 30 de Janeiro no Cafunfo, na província da Lunda Norte.
A vice-presidente do MPLA defendeu, ontem, no Andulo, província do Bié, que o partido deve preparar, este ano, as condições para a vitórias nas próximas eleições gerais e não esperar por 2022.
O analista Ricardo Soares de Oliveira considera que o MPLA vai concorrer às eleições de 2022 particularmente fragilizado. E o tema da corrupção é para João Lourenço um "pau de dois bicos".
O debate parlamentar promovido pelo MPLA na semana passada sobre o combate à impunidade como factor primordial à boa governação está a ser entendido por analistas como mais uma tentava de branquear a imagem do partido no poder.
O antigo secretário-geral do MPLA, Álvaro Boavida Neto, assumiu hoje que grande parte dos elementos dos Governos do MPLA cometeram erros que prejudicaram os cidadãos angolanos durante os longos anos de poder deste partido, especialmente em matéria de corrupção e impunidade.