O segundo dia da greve geral em Angola ficou marcado “pelas insistentes ameaças e coação” aos trabalhadores grevistas, denunciaram hoje as centrais sindicais angolanas, que condenaram o julgamento sumário de três grevistas detidos no Huambo.
O grupo parlamentar do MPLA, partido do poder em Angola, justificou hoje o voto desfavorável à discussão sobre a greve geral na Assembleia Nacional com o não querer interferir num processo que está em negociações.
O economista Carlos Rosado de Carvalho disse hoje que há condições para aumentar os salários em Angola, salientando que os trabalhadores com salário mínimo perderam 40% do poder de compra desde 2017, quando João Lourenço se tornou Presidente.
O constitucionalista e ex-primeiro-ministro angolano Marcolino Moco disse hoje que a greve geral reflete o “desprezo” a que têm sido votados os trabalhadores, face à evolução negativa da situação económica e social em Angola.