O Grupo Parlamentar da UNITA aceitou o pedido de três deputados que se encontram em tratamento médico no exterior do País para não enviarem ainda no Parlamento o documento da iniciativa política legislativa de destituição de João Lourenço do cargo de Presidente da República.
O primeiro-secretário nacional da JMPLA, Crispiniano dos Santos, condenou esta quinta-feira, na província do Bié, qualquer acção que visa a destituição do Presidente da República, João Lourenço, tendo considerado um acto de subvenção à ordem constitucional.
O processo de destituição movido pela bancada da UNITA contra o presidente angolano João Lourenço vai provocando diversas reações, uma delas é de que pode provocar insegurança nacional, ou uma tentativa de golpe de estado em Angola.
Alguns membros da sociedade civil juntaram-se à iniciativa da UNITA, fazendo circular na internet uma petição que pretende "reforçar e apoiar a proposta de acusação e destituição do Presidente da República de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço, do cargo que exerce". Os subscritores, que pretendem recolher mil assinaturas, conseguiram reunir, em menos de 24 horas, 850 signatários.
Dos 90 deputados à Assembleia Nacional pela UNITA, apenas 86 assinaram a proposta que pretende a destituição de João Lourenço do cargo de Presidente da República, lançada oficialmente na quarta-feira, 16. Os quatro ausentes - Paulo Faria, Jorge Martins da Cruz, que entrou na lista da UNITA pelo PRAJA-Servir Angola, Manuel Domingos da Fonseca, e Francisco Viana, ex-militante do MPLA, "irão assinar a qualquer momento porque o processo ainda não seguiu para o Parlamento".